quinta-feira, 13 de agosto de 2009

IRÃ: OPOSITORES DE AHMADINEJAD FORAM TORTURADOS E ESTUPRADOS NA PRISÃO

A Itália, afinal, não tem tanto do que envergonhar-se por haver, na longínqua década de 1970, reprimido os militantes da ultraesquerda com os mesmos métodos das ditaduras latinoamericanas.

Isto já teria ficado para trás se houvesse admitido com franqueza seus erros, ao invés de continuar perseguindo encarniçadamente as vítimas de outrora, obcecada até hoje em impedir que se tornem conhecidas as arbitrariedades por ela cometidas nos anos de chumbo.

Pior é a permanência das práticas hediondas em pleno século XXI, como acaba de se verificar no Irã.

Manifestantes da oposição detidos durante os recentes protestos contra eventual fraude eleitoral sofreram abusos sexuais: homens e mulheres foram estuprados na cadeia.

Que houve torturas já foi admitido pelo próprio chefe da polícia iraniana, em nota emitida na última sexta-feira, comunicando que o diretor da prisão e três policiais foram presos.

O clérigo reformista Majid Ansari deu o seguinte depoimento:
"...funcionários de alto escalão me contaram que (...) alguns jovens presos foram estuprados. Algumas das jovens mulheres presas também foram estupradas de um modo que causou sérios ferimentos".
A mesma acusação foi feita pelo ex-candidato presidencial Mehdi Karubi, que alegou possuir evidências e estar disposto a apresentá-las em julgamento.

Ansari garante a veracidade das afirmações de Karubi, acrescentando:
"Este assunto está provado e já foi enviado um relatório às autoridades".
O Irã só se livrará do estigma de país no qual se torturam e estupram prisioneiros punindo severamente suas bestas-feras.

Se protegê-las, como fez o Brasil com seus Fleurys e Ustras, merecerá repúdio mundial, pouco importando a opinião que se tenha sobre Mahmoud Ahmadinejad e sua polêmica reeleição.

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