Assinalo o recebimento, no dia 16/03/2009, da seguinte mensagem de José Ramos, assessor de Comunicação Social do Ministério da Defesa, referente a meu artigo Jobim articula nova Operação Condor:
"Caro jornalista, gostaria de alertar para um erro de interpretação em sua coluna. Brasil e Colômbia discutem troca de informações sobre faixa de fronteira de até 50 km, não flexibilização de espaço aéreo. As informações serão obtidas por radares e outros sistemas eletrônicos. Com isso, um avião suspeito proveniente de um país, já poderá ser visualizado no radar pela autoridade do outro país antes de cruzar a sua fronteira".
Esclareço que não houve nenhum erro de interpretação da minha coluna, pois reproduzi fielmente a notícia "Jobim e Santos avaliam pacto contra as Farc" ( http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mundo/ft1203200914.htm ), publicada na edição de 12/03/2009 da Folha de S. Paulo. Está lá: "Segundo Jobim, uma das medidas em estudo é a flexibilização do espaço aéreo [grifo meu] para que as aeronaves dos dois países possam ultrapassar as fronteiras até 50 quilômetros".
Então, caso a informação seja incorreta, quem deve retificá-la é a Folha de S. Paulo.
Vale ressaltar que, se a medida em estudos for a que o assessor José Ramos comunica, não há o que temermos: trata-se de procedimento aceitável.
Já "a flexibilização do espaço aéreo para que as aeronaves dos dois países possam ultrapassar as fronteiras até 50 quilômetros" significaria darmos um cheque em branco para um país (a Colômbia) que desrespeitou a integridade territorial alheia em episódio recente, quando bombardeou um grupo de militantes das Farc em solo equatoriano.
Finalmente, na hipótese de que a medida noticiada pela Folha estivesse mesmo sendo cogitada e tenha havido um recuo do Ministério da Defesa, ótimo: tudo que almejo é contribuir para que sejam evitadas as decisões desastrosas. Já disse em outras situações que jamais fui adepto do "quanto pior, melhor".
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