A Folha de S. Paulo apurou que três usinas de açúcar e álcool para as quais em 2008 o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social liberou US$ 1,1 bilhão foram multadas pelo Ministério do Trabalho por imporem situação degradante a seus trabalhadores: contratação de mão-de-obra por meio de aliciadores, alojamentos precários, jornadas extenuantes, transporte irregular e falta de equipamentos de proteção ( http://www1.folha.uol.com.br/fsp/dinheiro/fi1703200928.htm ).
Pior: duas das multas já haviam sido aplicadas quando ocorreu a liberação dos recursos.
Desde 2007 o BNDES alardeia em sua propaganda estar condicionando seus contratos ao cumprimento de cláusulas socioambientais. Mas, diante desta situação concreta, saiu pela tangente, declarando não ter competência legal para julgar empresas sob investigação, mas que, diante de uma eventual condenação, poderá suspender ou revisar os contratos.
Traduza-se: agora que a massa fecal foi para o ventilador, poderá até tomar alguma medida para salvar as aparências. Mas, se a imprensa não denunciasse, ficaria tudo por isso mesmo.
Antigamente, podíamos ao menos dizer: "Ah, mas quando o PT chegar ao poder, vai ser tudo bem diferente".
Agora, nem este consolo nos resta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário