Barack Obama, finalmente, começa a dizer a que veio.
Fechando a base estadunidense em Guantánamo, eliminará um motivo de vergonha para seu país, que há quase cinco décadas fazia questão de humilhar Cuba com uma arrogante e descabida afirmação de poder imperial.
E abrindo "um novo capítulo" na questão das alterações climáticas, contribuirá, nada mais, nada menos, para a salvação da humanidade.
"Demora não é mais uma opção e negação não é mais uma resposta aceitável", afirmou Obama, implicitamente condenando a omissão de George W. Bush numa questão tão delicada.
E reforçou: "Poucos desafios que se colocam diante da América - e do mundo - são mais urgentes do que combater a mudança climática".
Foi uma frase tão boa que até justifica alguma condescendência nossa diante do péssimo costume que os estadunidenses têm de se referirem a si próprios como "América", quando não passam de uma parte da América do Norte.
Infelizmente, políticos nunca são inteiramente coerentes: o mesmo Obama já anunciou sua intenção de socorrer a indústria automobilística, a grande vilã do aquecimento global.
Melhor seria gastar essa grana na substituição do petróleo por alternativas energéticas, deixando que as montadoras recebessem, por linhas tortas, a justa punição pelos danos ecológicos que causaram.
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