quinta-feira, 11 de setembro de 2008

AS FANÁTICAS CONTRA-ATACAM

As fanáticas defensoras do tal parto humanizado novamente receberam a tarefa de mandarem refutações ao meu artigo, desta vez o de anteontem, HOSPITAL PAULISTANO IMPÕE PARTO NORMAL ÀS PACIENTES POBRES ( http://naufrago-da-utopia.blogspot.com/2008/09/hospital-paulistano-impe-parto-normal-s.html ).

Só que fizeram mal a lição de casa, postando os comentários no meu outro blog, O Rebate. Como o lugar certo é aqui e não lá, simplesmente deletei todos...

Mas, em outros lugares em que meu artigo está no ar, também surgiram aqueles argumentos de sempre, que não vão ao fundo da questão que abordei.

Então, para evitar perda de tempo, vou colar aqui a resposta que dei a uma leitora do Região-On-Line. Serve para todas as outras que vierem apenas proclamar que parto normal é melhor do que a cesárea. Aquelas que não tiverem nada melhor para dizer, por favor, não percam seu tempo e o meu.

Minha cara fulana,

não entrei jamais na avaliação comparativa de parto normal x cesárea, por não ser médico.

A minha denúncia, que está sendo corroborada por depoimentos de leitoras de todo o Brasil, é de que o parto normal está sendo imposto às pacientes da rede pública, sem lhes dar o direito de escolha.

Pensei tratar-se de um problema apenas de SP, mas hoje fiquei sabendo que se trata da ponta de um iceberg, pois há empenho do próprio Ministério da Saúde nesse sentido.

Considero que:

1) governos e entidades da sociedade civil têm todo direito de recomendarem e fazerem proselitismo em favor do parto normal;

2) mas, nenhum direito de o imporem às pacientes da rede pública, não lhes permitindo optar pela cesárea;

3) pipocam relatos de todos os cantos, de que partos de alto risco foram realizados pela via normal, contra a vontade das pacientes e suas famílias, com resultados desastrosos (morte da parturiente ou da criança, danos graves a uma e/ou a outra);

4) nestes casos em que foi o Estado que fez a escolha e esta se demonstrou catastrófica, no meu entender, as vítimas devem ser indenizadas.

Acrescento que juristas de renome, defensores dos direitos humanos, estão empenhados em sanar essa situação vergonhosa, de negar-se às parturientes pobres o direito de decidirem elas próprias se aceitam ou não suportar as dores de um parto normal.

O certo é que a expressiva maioria das clientes de convênios particulares prefere a cesárea. Considero autoritária a imposição do parto normal às mulheres pobres, criando duas classes de brasileiras, com direitos diferentes.

Atenciosamente,

CELSO LUNGARETTI

Um comentário:

Anônimo disse...
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