Por sugestão do companheiro Maurice Politi, também veterano da resistência à ditadura militar, disponibilizo abaixo Dedo na Ferida, o último longa do melhor documentarista brasileiro, Sílvio Tendler (Os Anos JK, Jango, Utopia e Barbárie, Glauber Rocha O Filme, Labirinto do Brasil).
Realizado em 2017, recebeu o prêmio do júri popular do Festival do Rio daquele ano, mas só estreou no semestre passado.
Segundo o crítico Daniel Schenker, d'O Globo, "aborda a concentração de poder econômico nas mãos de muito poucos, o lucro crescente dos bancos, num contexto em que a desigualdade social aumenta cada vez mais".
Já Sérgio Alpendre, da Folha de S. Paulo, destacou o empenho de Tendler no sentido de "identificar de que modo o dinheiro passou a ser a primeira religião, e de que modo as grandes corporações, sobretudo os bancos, dominam o mundo e relegam populações ao empobrecimento ou à miséria".
Os entrevistados vão desde o cineasta Costa-Gavras, o geógrafo marxista britânico David Harvey e nossos ex-ministros Celso Amorim e Yanis Varoufakis, até um trabalhador que leva vida extremamente sacrificada no RJ e moradores de rua, passando pelo economista Ladislau Dowbor, que hoje poucos sabem ter sido comandante nacional da VPR em 1969/70.
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