segunda-feira, 18 de setembro de 2017

GENERALÃO ERGUE O ESPANTALHO DE UMA NOVA QUARTELADA. NÃO SE DESESPEREM: ELE NÃO FALA PELA CORPORAÇÃO.

A extrema-direita o aclamou quando foi exonerado em 2015
Um oficial superior encostado em atividade burocrática deitou falação na maçonaria sobre possibilidade de quartelada. 

Segundo ele, integrantes do Alto Comando do Exército estariam cogitando uma "intervenção militar" caso o Judiciário "não solucionar o problema político", eufemismo de corrupção. 

Bobagem. Ele não fala pela corporação.

Saudoso da ditadura, o general Antonio Hamilton Mourão foi afastado em outubro de 2015 do Comando Militar do Sul (RS) exatamente por causa de suas reiteradas incontinências verbais. Transferiram-no para Brasília, fazendo dele um secretário de economia e finanças, a fim de privá-lo de ouvintes para suas diatribes. 

Como passará à reserva em março próximo, está botando as manguinhas novamente de fora. 

Alguns veículos de imprensa ressaltaram que era um general da ativa quem aludia a golpe, talvez para valorizar tal factoide, talvez para evitar confusões com aqueles resmungos totalitários repetidos a cada 31 de março no Clube Militar.

Ele realmente continuará por mais um semestre na ativa, mas sem dispor de comandados que lhe permitam fazer de conta que é Olympio Mourão Filho. 

Ou seja, está mais para um pato manco (como os estadunidenses designam o mandatário que permanece no cargo por direito, mas, na prática, já não tem nenhuma influência no cenário político). 

E seus grasnados, definitivamente, desafinam.

"Não se desespere/ Manere/ Aguente a barra/ Na marra..."

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