domingo, 2 de outubro de 2016

UMA EXORTAÇÃO DE TANCREDO NEVES, 31 ANOS APÓS SUA MORTE.

Por Apollo Natali
O que se segue é um depoimento de Tancredo Neves num centro espírita. 

Perfeitamente passível de descrença, mas, estalidos de língua de contrariedade à parte, um mundo de gente haverá de concordar que a exortação tem a nobre finalidade de salvar o Brasil. E faz sentido, pois disto ninguém duvida: é trágico o quadro que a nação está vivendo.   

Pelo sim, pelo não, assumo (nada jornalisticamente!) a responsabilidade de fazer minhas as palavras do político mineiro. Há vida além do jornalismo feijão-com-arroz, que trata a realidade à distância. 

Tudo entre aspas, diz ele:
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O povo brasileiro deve sair às ruas, sim, e se posicionar em redes sociais, em círculos de ação, nas famílias, no trabalho e na sociedade contra aqueles que formam quadrilhas, grupos de poder para os quais é mais importante sua manutenção no poder a qualquer custo do que o bem-estar do povo e das instituições que zelam por nosso futuro promissor como nação. 

Precisamos nos unir no propósito de enfrentar os homens desonestos em todos as instâncias do poder em todo o território brasileiro. Esteja de que lado estiver, defenda você qualquer ideologia ou partido político, saiba que você não está fora desta cruzada e, se não se posicionar urgentemente, será arrastado pelo caudal das lutas e provações que já se avizinham da gente brasileira, ocasionado pela política desumana e sombria dos representantes do povo no governo.

Seremos apenas miseráveis, escondidos em nossas casas, a clamar por socorro, escondidos com medo de nos mostrar em nome da nossa causa do bem pela qual todos deveríamos nos expor e mostrar que, juntos, podemos muito mais. Não se acanhem, não se iludam...

Em nome do bem, da justiça, da ética e da sobrevivência da nação brasileira, dos valores morais e das conquistas sociais, você deve se pronunciar, se mostrar, a mostrar a sua cara e sair do comodismo de sua poltrona, a sair às ruas e gritar, falar, divulgar nas redes sociais que nós, que acreditamos num mundo melhor, não compactuamos com a situação, a posição e as atitudes de franco desequilíbrio moral, social e político, tampouco com o desrespeito a que vem sendo submetido o povo brasileiro nos últimos tempos. 

O país passa por crise política, econômica e social, mas, sobretudo, por uma crise sem precedentes de ordem moral, que se faz perceber nos desdobramentos do nosso momento político e na conjuntura socioeconômica na qual estamos todos inseridos e imersos. Saquear os cofres públicos, solapar a economia, fraudar, corromper os valores éticos, é roubar do povo brasileiro a fé em dias melhores. 

Em troca, deixam as migalhas caírem de seus cofres particulares ou dos cofres e das contas bilionárias das quadrilhas que tomaram de assalto e aparelharam o governo, o pais e as instituições que deveriam nos representar. 

Retardam o progresso, fazem com que as instituições do bem sejam afetadas diretamente pela força, arrogância e pelas mentiras. De tudo se valem para fazer afundar o barco da nação brasileira.

A política faliu. Os homens públicos faliram. Muitas empresas sucumbiram mediante o abuso daqueles que tentam dominar a qualquer custo. Muitas pessoas iludidas deixaram-se levar pelas promessas vãs, pelas políticas públicas populistas, com seu idealismo patético a distribuir suas migalhas, que ainda hoje retêm a população mais sofrida na situação de dependência crônica dos programas forjados para iludi-la, visando à ignorância do povo acerca do que se comete nos bastidores.

Misérias e bolsas oportunistas são oferecidas à gente pobre mas também aos ricos, enquanto lobos vorazes pilham a economia e buscam se manter disfarçados de ovelhas no comando de uma das maiores nações do planeta. A guerra não é contra homens apenas, mas de ordem moral. O discurso não pode ser meramente político, mas de convicção da realidade dos seres trevosos com os quais lidamos. Indaguemos se nossa visão não está comprometida pelos feiticeiros da hipnose vigente, pelos artífices da derrocada da nação brasileira. 

Hoje não se apresenta alguém que reúna condições genuínas e plenas de representar a nação e o povo brasileiro fazendo frente a esta marca da corrupção que avassala desde Brasília até a base da sociedade. Resta-nos a alternativa de optarmos por uma ética ou, quem sabe, pela possibilidade de mudar, uma vez que o horizonte não nos aponta um líder ou uma liderança isenta de chances de perpetuar o erro. 

Diante do quadro dramático em que se vê a nossa nação, errar menos já seria de muito bom grado face ao extremo a que chegaram os representantes eleitos democraticamente pelo nosso povo, iludido pelas promessas, mentiras e ideologias de um governo dos mais corruptos que a história do Brasil já conheceu. 
Diante de tamanha manipulação mental, hipnótica e sensorial empregada por aqueles que formaram a quadrilha que nos governa desde os bastidores do Palácio da Alvorada até os bastidores da vida, sem dúvida errar menos já significaria grande avanço. 

Também vale rezar.

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