terça-feira, 9 de maio de 2023

MEU TRIBUTO À ETERNA MUTANTE. SEM LOUVAMINHICE NEM CHORORÔ!

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ita Lee foi passear, 20 anos namorar talvez... Tanto amor pra dar, ela quer ser feliz, ela só quer seu par.
Esta canção do LP de 1969 dos Mutantes é a primeira lembrança que me vem ao ouvir o nome da cantora, compositora e multi-instrumentista que acaba de morrer aos 75 anos.

E a primeira imagem é a de sua irreverência no festival de MPB da TV Record de 1967, quando os Mutantes foram escolhidos por Gilberto Gil para o acompanharem  na canção que, juntamente com Alegria, Alegria do Caetano Veloso, lançou a revolução tropicalista, bem na véspera do ano mais revolucionário que o Brasil já conheceu.
Mas, minha devoção pelas raízes negras do rock me levou a gostar, mais do que todas, de sua interpretação blueseira em Meu refrigerador não funciona (1970). Um inesquecível tour de force.

É assim que me recordo das pessoas e artistas dos quais gostei: no auge, bem vivos nas minhas lembranças. Sem louvaminhice nem chororô! (por Celso Lungaretti)  

Um comentário:

celsolungaretti disse...

Hebert, procurei mostrar outro caminho possível para as homenagens aos mortos famosos, que não precisariam ser tão louvaminhas e tão choramingas como são.

Nos artistas, a obra é que vale. Então mostrei a obra, que é imortal.

A carne vira pó. E os elogios forçados, idem.

Como cantou o Sérgio Ricardo, o importante é darmos nosso recado enquanto durar nossa história.

Um abração!

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