quinta-feira, 20 de outubro de 2022

SE O BOZO REELEGER-SE COM FAKE NEWS, GOVERNARÁ COM ENGANA-TROUXAS

leonardo sakamoto
PARA CUMPRIR PROMESSA, BOLSONARO ESTUDA TIRAR 
DE POBRES PARA DAR A POBRES (trechos principais)
P
ara cumprir promessas eleitorais de Jair Bolsonaro, como garantir Auxílio Brasil de R$ 600 e 13º do benefício às mulheres, sua equipe estuda parar de corrigir salário-mínimo, aposentadorias pela inflação e seguro-desemprego pela inflação registrada no ano anterior. 

Se isso acontecer, o presidente vai tirar de pobres para dar aos mais pobres ainda, reforçando sua imagem como um Robin Hood às avessas

Essas medidas fazem parte de um plano do ministro da Economia Paulo Guedes para refundar a legislação sobre as contas públicas do país num segundo mandato de Jair. O problema é que essas fundações vão ser estruturadas na base do aperto do cinto dos que já não têm.

Proposta obtida pela Folha de S. Paulo aponta que tanto o salário-mínimo (hoje, em nababescos R$ 1.212) quanto os benefícios previdenciários "deixam de ser vinculados à inflação passada". Eles continuariam a ser reajustados, mas isso teria como base a meta da inflação, que pode ser menor que a inflação real. 

A diferença entre ambos pode significar menos leite, pão e carne na mesa dos brasileiros. O que garantiria que a carestia provocada pela inflação alta da gestão Bolsonaro deixasse uma lembrancinha para os anos seguintes. 

Será a segunda pancada em quem recebe salário-mínimo sob o atual governo, que matou o seu reajuste real sob a justificativa de arrumar as contas públicas...

...o fim do reajuste pela inflação registrada pode dificultar ainda mais o cumprimento do artigo 7º, inciso IV, da Constituição Federal. Segundo o texto, o salário mínimo deveria ser "capaz de atender às suas necessidades vitais básicas e às de sua família, como moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, reajustado periodicamente, de modo a preservar o poder aquisitivo, vedada sua vinculação para qualquer fim"

Para se ter uma ideia, se isso fosse respeitado, o mínimo teria que ser de R$ 6.306,97, segundo cálculos do Dieese para setembro. 

Dizem que o presidente da República não gosta de ser chamado de Robin Hood às avessas, sempre propondo tirar dos pobres. Mas é ele mesmo quem alimenta a alcunha. (por Leonardo Sakamoto)

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