sábado, 3 de setembro de 2022

IMPERDÍVEL: RICARDO KOTSCHO FAZ O ESCÁRNIO FÚNEBRE DO BOZO!

ricardo kotscho
BOLSONARO JOGA TUDO NO 7 DE SETEMBRO,
MAS JÁ PERDEU A GUERRA QUE NÃO HOUVE
Bolsonaro fez de tudo para transformar a campanha eleitoral num campo de batalha entre o bem e o mal, o céu e o inferno, Deus e o diabo. 

Desafiou as urnas eletrônicas e a Justiça Eleitoral; ameaçou com a volta do comunismo; arrombou as contas públicas para comprar os votos que lhe faltam; insinuou que tinha o apoio das Forças Armadas para um dar um autogolpe em caso de derrota; pintou e bordou ao arrepio das leis, do bom senso e da civilidade.

Mas setembro chegou, e não houve guerra nenhuma. 

Empacado nas pesquisas e com seu governo rejeitado por mais de metade da população, Bolsonaro agora joga sua última cartada no 7 de setembro, com aviões, navios de guerra, tanques e canhões abrilhantando seu comício bélico na praia de Copacabana para demonstrar uma força que já não tem. 

Mesmo que leve batalhões de fanáticos devotos às ruas, enrolados em bandeiras e gritando Mito!, ele sabe que já perdeu as mínimas condições de continuar governando o país. Desmoralizou-se antes da abertura das urnas, e levou de roldão setores das Forças Armadas. Virou uma caricatura de si mesmo, apequenou-se no delírio de aprendiz de ditador bananeiro.

Nenhuma motociata, por mais monstruosa que seja, será capaz de lhe devolver o respeito da maioria população e do mundo civilizado. 

As denúncias desta semana sobre o império imobiliário dos Bolsonaros, construído à base de rachadinhas, chocolates e muito dinheiro vivo, tiraram-lhe das mãos a bandeira do combate à corrupção, a última que lhe sobrou na patética campanha reeleitoral.

Se não consegue nem administrar as milícias digitais da família, sobre as quais perdeu o domínio por falta de pagamento, o que o capitão teria a oferecer ao país para permanecer mais quatro anos no Palácio do Planalto, incapaz de apresentar um único plano de governo? 

Resta-lhe daqui para a frente apenas espernear, jogar lama nos adversários, nos juízes e nas mulheres, correr de palanque em palanque feito um celerado, bradando aos céus, para manter fiéis os convertidos que ainda não o abandonaram, depois de quase quatro anos de desgoverno. Nem as imprecações de Michelle e dos Malafaias da vida serão capazes de reverter este cenário. 

Agora falta apenas um mês para a eleição, mas parece uma eternidade, eu sei, depois de tudo que já passamos. 

Ficaram para trás apenas os destroços do que já foi um grande e respeitado país:
— as árvores derrubadas, os rios poluídos de mercúrio dos garimpos e as matas queimadas da Amazônia para dar lugar aos pastos;
— o colapso na educação e na saúde;
— a cultura perseguida e degradada;
— a destruição das políticas públicas para promover a inclusão e a igualdade social;
— as massas de miseráveis dormindo nas ruas;
— a matança de favelados, indígenas e negros;
— a volta do Brasil ao Mapa da Fome

Até onde minha vista alcança, no entanto, nada impedirá que em 2 de outubro vivamos uma grande festa da democracia, aconteça o que acontecer no dia 7 de setembro. Vamos virar a página desse capitulo triste da nossa história. Dias melhores virão. 

Vida que segue. (por Ricardo Kotscho, num texto de gala!)

Nenhum comentário:

Related Posts with Thumbnails