quarta-feira, 7 de setembro de 2022

A POLÍCIA ATIROU E O GOLPE FRACASSOU!

Entre golpistas e defensores da ordem, foram 
foram 20 os mortos no confronto. E o celerado
genocida vergonhosamente se escafedeu...
N
a noite de 8 para 9 de novembro de 1923, um jovem de ascendência austríaca invadiu um comício político que era realizado na Bürgerbräukeller, uma das maiores cervejarias de Munique, na Alemanha.

De arma em punho, ele falou aos presentes na movimentada cervejaria sobre a revolução social que devolveria à Alemanha a glória que havia perdido após a 1ª Guerra Mundial.

Muitos dos ali presentes não conheciam este homem de 34 anos que lutou na guerra – e foi ferido –, e que mais tarde tentou, sem sucesso, se tornar artista.

Mas alguns sabiam quem ele era: Adolf Hitler, o líder do Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemão, mais conhecido como partido nazista.

Hitler havia trocado suas aspirações artísticas por discursos políticos que fizeram dele um dos principais oradores do partido desde que ingressara como membro.

E seus ouvintes encontraram em suas palavras o sentimento de frustração que prevalecia entre os alemães durante a chamada República de Weimar, a Alemanha entre guerras.

Hitler considerava que os governantes alemães haviam traído o país e levado a Alemanha a uma grave crise econômica e política.

Naquela noite, Hitler e seus seguidores invadiram o comício, fazendo três generais reféns e levando-os para uma sala separada, onde estes foram convidados a se juntar à causa e ser leais aos nazistas. Sua missão era derrubar a República de Weimar.

A tentativa de golpe ficou conhecida como Putsch da Cervejaria

O que aconteceu naquela noite e nos dias seguintes deu a Hitler a imagem pública de que precisava para se tornar, anos depois, o Führer, o líder da Alemanha nazista.

O plano envolvia usar o comissário do Estado da Baviera, Gustav von Kahr, e um importante general da 1ª Guerra Mundial, Erich Ludendorff, como símbolos do golpe.

Se tivesse sucesso, e com a Baviera sob seu controle, Hitler marcharia para Berlim da mesma forma que Benito Mussolini havia protagonizado a Marcha sobre Roma –, que deu início ao período fascista na Itália.

Localizada no coração de Munique, a Bürgerbräukeller era uma das maiores cervejarias da Alemanha. Inaugurada em 1885, havia se tornado ponto de encontro para eventos políticos – seu salão tinha capacidade para até 3 mil pessoas.

Sabendo da presença de líderes políticos no local, Hitler e seus seguidores foram então até a Bürgerbräukeller, cercaram a cervejaria e invadiram a sessão. Ali, ele atirou no teto e ameaçou os presentes com violência.

Von Kahr e outros dois personagens, o general von Lossow (líder do exército da Baviera) e o coronel von Seisser (chefe da polícia da Baviera), foram levados para uma sala nos fundos e lá forçados a mostrar publicamente seu apoio aos nazistas, persuadidos por Hitler e o general Ludendorff.

Hitler deixou a cervejaria mais tarde naquela noite para lidar com o golpe noutras partes da cidade. Pelo menos 2 mil nazistas deveriam assumir o controle dos prédios do governo e marchar no dia seguinte para marcar a queda de Munique.

Hitler havia organizado uma passeata de protesto junto com Ludendorff, praticamente na expectativa de que nenhum membro da polícia da Baviera ousasse atirar nos nazistas ou no próprio Ludendorff.

Mas a polícia atirou. E este foi o fim do Putsch da Cervejaria.

O confronto durou duas horas e deixou 20 mortos entre policiais e nazistas.

Hitler conseguiu fugir para a casa de seu amigo Ernst Hanfstaengl, que morava perto, e se escondeu por dois dias antes de ser encontrado pela polícia e enviado a julgamento.

Hitler foi acusado de alta traição e condenado a cinco anos de prisão. (trechos do artigo Putsch da Cervejaria: como foi o fracassado golpe com que Hitler tentou tomar o poder 10 anos antes de se tornar o Führer, da BBC News Mundo)

2 comentários:

Anônimo disse...

'Brasil país do passado' - FFLCH-USP ( 2022.09.01 )

Heloisa Maria Murgel Starling (Minas Gerais, 1956) historiadora, professora universitária, pesquisadora e escritora brasileira

https://www.youtube.com/watch?v=0oMaY6lvxGE

Anônimo disse...

“La patria de uno son unos cuantos amigos y unos cuantos paisajes inolvidables”
Alfredo Bryce Echenique (escritor peruano)

Related Posts with Thumbnails