josias de souza
BRASIL TEM MUITO A APRENDER COM COLÔMBIA E CHILE
Seguindo as pegadas do Chile, a Colômbia elegeu um presidente esquerdista. A julgar pelas pesquisas, o Brasil está prestes a fazer o mesmo.
Quem quiser, pode achar que a esquerda coleciona vitórias. Mas o triunfo não será medido pelas urnas, mas pela capacidade dos eleitos de converter esperança em resultados.
Por ora, o que deve ser realçado é o velho e bom exercício da alternância no poder. Nessa matéria, o Brasil de Bolsonaro tem muito a aprender com chilenos e colombianos.
Eleito ontem (19/06), o senador e ex-guerrilheiro Gustavo Petro será o primeiro presidente de esquerda da história da Colômbia. A novidade mal havia saltado das urnas, no domingo, e o rival Rodolfo Hernández, um magnata populista de direita, já reconheceu a derrota.
O presidente colombiano Iván Duque, duramente atacado por Petro durante a campanha, apressou-se em telefonar para o algoz, marcando o primeiro encontro para organização a transição de poder.
Algo semelhante ocorrera no Chile em dezembro do ano passado. Ali, o então deputado e ex-líder estudantil Gabriel Boric derrotou José Antonio Kast, um político assemelhado a Bolsonaro, defensor da ditadura de Augusto Pinochet.
Na primeira reunião com Boric, o então presidente chileno Sebastian Piñera informou que o consultaria sobre decisões de governo antes mesmo de sua posse, que só ocorreria dali a três meses.
No Brasil, Bolsonaro questiona o processo eleitoral; coloca as minhas Forças Armadas para brigar com o TSE do leninista Edson Fachin e do canalha Alexandre de Moraes, e acena com a contestação do resultado das urnas caso Lula prevaleça.
Se não aprender as lições que lhe chegam da Colômbia e do Chile, Bolsonaro consolidará o seu projeto de transformar o Brasil numa surubocracia anarco-direitista, na qual todo Poder é exercido para o povo, com o povo ou apesar do povo. (por Josias de Souza)
Um comentário:
Convencidos estamos (aliás a grande maioria ainda não) que eleições só servem como estabelecimento de umas tais "políticas públicas" para saciar a fome de uma grande maioria. O presidente de "esquerda" peruano depois de um ano o que mais foi se defender ele e seus compadres de denúncias de corrupção. Como aqui lá também existe o centrão para segurar. O "esquerdista" chileno já vendeu até a alma para a grande burguesia, e ainda está endossando uma mudança na lei antiterrorista nos moldes da brasileira.
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