Veremos em 2022 uma reprise brasuca deste badernaço ou já estamos a salvo do vexame? |
O esdrúxulo projeto do voto impresso foi sepultado na noite de terça-feira, 10 de agosto.
Como até os marcianos já sabiam, o projeto era apenas um meio de Bolsonaro e sua trupe trazerem confusão ao sistema eleitoral brasileiro, atribuindo a derrota nas urnas a supostas fraudes.
A derrota, na realidade, pode ser até benéfíca para o presidente, pois fornece a ele mais uma linha de argumentação na tese da fraude.
Bastam 171 votos para barrar o impeachment e o Bozo, por enquanto, tem 58 a mais. |
Contudo, não é este o principal aspecto a ser considerado na votação, pois era mais do que prevista sua derrota. Importa mais o placar.
Embora não tenha alcançado o mínimo constitucional para ser aprovado – 305 votos, pois era uma PEC –, o projeto venceu e teve até votação razoável: 229 almas votaram a favor, contra 218. É muita gente a favor de uma inutilidade!
O ponto principal, conforme eu disse, é o placar, pois este se trata de uma péssima notícia para os esperançosos no impeachment.
Para existir o impeachment são necessários, no mínimo, 342 votos na Câmara dos Deputados, para a abertura do processo. Isso significa que, com pelo menos 171 votos, o presidente se safa da degola.
Arthur Lira deu demonstração de força, salvando o o Bozo de derrota acachapante. Agirá sempre assim? |
Ora, Bolsonaro conseguiu 58 votos a mais na votação inútil e vazia do voto impresso. Isto significa que ele não teria dificuldades para conseguir até mais votos para salvar seu mandato.
Com o grande capital feliz por conseguir auferir lucros extraordinários, a oposição pensando nas eleições e as mobilizações populares retrocedendo, o cenário é favorável à permanência de Bolsonaro, o qual vai se arrastando tal qual um morto vivo até o fim de 2022.
Enquanto a deterioração brasileira se acelera, a classe política vai montando o palco para o grande circo a ser encenado pelo palhaço sinistro no próximo ano. (por David Emanuel Coelho)
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