O epidemiologista Pedro Hallal, coordenador do Epicovid-19 (o maior estudo epidemiológico sobre o coronavírus no Brasil), chama a atenção para os seguintes dados, constantes de uma reportagem do jornalista Ricardo Mendonça que acaba de ser publicada no jornal Valor Econômico:
- em cidades brasileiras nas quais Bolsonaro teve menos de 10% dos votos no segundo turno da eleição presidencial de 2018, a média de contaminações pela covid, por 100 mil habitantes é de 3.781, e a de óbitos, 70;
- em cidades nas quais o Bozo teve entre 80% e 90% dos votos, a média de contaminações, também por 100 mil habitantes, é de 10.477 casos;
- em cidades nas quais o genocida teve 50% ou mais votos, a mortalidade é de 313 por 10 mil habitantes.
O placar, portanto, é de 3.781 x 10.477 quanto a contaminações e de 70 x 313 quanto a óbitos. Há fartura de outros dados e de gráficos na Valor, para quem for assinante e quiser checar. Como eu não sou, mal abri a reportagem e dei uma rápida olhada, ela ficou inacessível para mim.
Conclusão do epidemiologista Hallal, no artigo O negacionismo mata (vide aqui) que está on line no site da Folha de S. Paulo:
"Esses resultados mostram uma das facetas mais perversas da pandemia. O negacionismo, seja seu ou daqueles que estão ao seu redor, mata, e quanto maior o grau de negacionismo, maior o risco de morte por Covid-19.O morador de uma cidade na qual Bolsonaro venceu o 2º turno das eleições de 2018 tem três vezes mais risco de morte por Covid-19 do que o morador de uma cidade em que Bolsonaro foi derrotado com folga.
Mesmo que a pessoa tenha votado contra o negacionismo, estando ela exposta a um ambiente negacionista, seu risco de morte é maior".
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