"Além de reagir com uma adequada representação na Procuradoria contra Gilmar Mendes, o ministro da Defesa deveria aproveitar esse episódio para promover uma reflexão interna sobre a participação das Forças Armadas no governo civil mais militar da história.
Jair Bolsonaro se define como militar. Mas o capitão passou mais tempo no baixo clero da Câmara do que nas fileiras do Exército. Enquanto vestia farda, notabilizou-se pela indisciplina e anarquia. Não deixou o Exército, foi expurgado.
Agora, Bolsonaro diz ser, ele próprio, 'a Constituição'. E se refere aos militares como as 'minhas Forças Armadas'.
O presidente não é a Constituição. As Forças Armadas não pertencem a um governo, mas ao Estado. Isso precisa ficar claro. E ainda não está" (Josias de Souza, sobre a indignação do Exército contra Gilmar Mendes)
Toque do editor – é corretíssima a ressalva que Josias de Souza faz à insistência de Jair Bolsonaro em tentar fazer os brasileiros crerem que ele tem o respaldo das Forças Armadas para seu golpismo e suas maluquices.
Se quiserem honrar suas fardas, os militares devem, o quanto antes, deixar bem claro que Bolsonaro fala somente por si e não por eles.
Mas, noutro trecho Josias qualificou de exagerada a acusação de genocídio, e ela absolutamente não o é, pelo menos no que tange ao presidente que, desde o primeiro momento, sabotou o combate científico à pandemia, confundindo os brasileiros com seu negacionismo e contribuindo para maximizar o número de mortes que poderiam ter sido evitadas. Não é panfletarismo, é fato.
Quanto ao ministro interino que vai ficando, Eduardo Pazuello, aí sim Gilmar Mendes extrapola um pouco. Vejo-o apenas como um pobre coitado que está mais perdido do que cego em tiroteio. Será que ele não tem nenhum amigo leal para aconselhá-lo a largar mão de servir de escada para um palhaço sinistro? (por Celso Lungaretti)
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