Ao infectar o secretário de Comunicação da Presidência, Fabio Wajngarten, o coronavírus colocou Jair Bolsonaro e todos os que viajaram com ele para os Estados Unidos sob monitoramento médico. O fato inspira preces e reforça um diagnóstico.
Reza-se para que Wajngarten melhore e para que os demais estejam livres do contágio. Suplica-se para que Donald Trump e seu vice Mike Pence, que apertaram a mão do chefe da Secom, não tenham sido infectados.
Confirma-se, de resto, que a língua de Bolsonaro, acometida de imprudência crônica, precisa de quarentena. A língua do presidente, como se sabe, possui vida própria. Fala aos borbotões.
Num encontro com empresários americanos, disse que o coronavírus não é isso tudo que a grande mídia propaga. Chamou de fantasia a doença que virou pandemia e dobrou os joelhos da economia mundial.
Com esses comentários, a língua empurrou o presidente para algum lugar situado entre a irresponsabilidade e a alienação.
Com esses comentários, a língua empurrou o presidente para algum lugar situado entre a irresponsabilidade e a alienação.
Em qualquer das duas hipóteses, Bolsonaro estará longe da Presidência séria e prudente que os mais de 57 milhões de brasileiros que votaram nele esperavam.
Sem que a língua suspeitasse, Bolsonaro perambulou com o vírus a tiracolo, tomou café com o vírus em saleta reservada, levou o vírus ao jantar oferecido por Trump...
Os médicos do Planalto já submeteram o presidente ao teste do coronavírus. O resultado do exame sai nesta 6ª feira. Seja qual for, a língua precisa ser colocada imediatamente em quarentena.
Ainda não se descobriu uma vacina contra a patologia da verborragia presidencial. Mas convém monitorar a língua.
Mal comparando, ela vem atuando como uma espécie de Id que mexe diariamente no Ego de Bolsonaro com a varinha da irresponsabilidade psicanalítica, trazendo à tona o lodo que deveria ficar no fundo da inconsciência. (por Josias de Souza)
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