Domingo se completarão 39 anos desde que um medíocre frustrado baleou John Lennon mortalmente.
Alguns dias atrás, outro medíocre frustrado tentou arranhar sua memória disparando asneiras. Só conseguiu se tornar a piada da semana.
Atenção: esta música não é de John Lennon. Estou
colocando-a no ar para desfazer confusões...
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Já que o capadócio nem mesmo conseguiu inventar um motivo plausível para seu ataque — não podia admitir tratar-se apenas de inveja mórbida de quem, morto, está mais vivo do que ele jamais esteve ou estará — saiu-se com o besteirol de que Lennon teria sido satanista e comunista.
No primeiro caso, deve tê-lo confundido com Mick Jagger e sua Sympathy for the devil.
Atenção: ao compor versos como estes, Lennon mostrou não
ter nada a ver com o comunismo convencional...
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No segundo, revelou uma abissal ignorância política, pois o autor de Imagine poderia ser considerado um libertário anarquista, jamais um disciplinado comunista.
Vou fazer uma caridade, mostrando-lhe no que Lennon realmente incomoda fascistas e outros adeptos do retrocesso à Idade Média (ou para mais atrás ainda, quiçá voltando às cavernas).
Atenção: eis o Lennon que ousou se mostrar agnóstico (não satanista,
viu, pedro bó?!) e incomodava tanto os falsos devotos...
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Está na música God, na qual Lennon teve a coragem de romper com todas as manadas e seguir os caminhos ditados por sua consciência.
Daí ter virado alvo de bovinizados, inclusive desses inimigos das artes que mereciam, eles sim, estar no inferno de Dante! (por Celso Lungaretti)
2 comentários:
Celso, chingar os inimigos de satânicos é tática velha de evangélicos. Além de ser recalque pelo fato da música secular ser mais famosa e mais bonita que a música gospel (principalmente esse lixo gospel atual chamado "worship"), é também tática de desqualificar o inimigo pra destruir o mundo secular e implantar a teocracia, eles sempre tiveram essa ambição de transformar ou mesmo obrigar todo mundo a ser crente. Anos atrás fui forçado a fingir virar crente à força, sei bem como é e conheço essa gente como a palma da minha mão. Se o Brasil não fosse Brasil, aqueles crentelhos estariam presos, tanto por dano material quanto por tortura.
Alessandro, quando eu trabalhava em revistas de música cheguei a fazer uma inteira sobre o John Lennon. Ele nunca teve nada a ver com cultos satânicos.
Havia, sim, os que faziam músicas sobre isso: Mick Jagger, o Black Sabbath, o Uriah Heep, Alice Cooper, etc. Mas, sempre tive a impressão que o interesse deles pelo capeta era meramente comercial, um ingrediente exótico para alavancar vendagens.
Assim como esse personagem dantesco da Funarte tem todo jeito de ser um aplicado aluno da Escola Olavo de Carvalho de Autopromoção Afirmando Disparates...
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