segunda-feira, 4 de novembro de 2019

AS RUAS NOS CHAMAM!

Nesta 3ª feira, 5, haverá manifestações em várias cidades brasileiras contra a frase hedionda do príncipe Eduardo da Bozolândia, sobre a possibilidade da imposição de um novo AI-5 caso aqui venha a ocorrer revolta comparável à chilena. 

Estarei às 18h no ato que terá lugar diante do vão do Masp, porque não haverá nenhum lugar melhor para um paulistano estar na noite de amanhã. 

Temos uma dívida a pagar, depois da contribuição que esta cidade deu para o pior retrocesso político, social e cultural deste país desde os 21 anos de trevas entre 1964 e 1985.

Houve os que se deixaram repulsivamente seduzir pela barbárie e houve os que não conseguimos resistir com suficiente firmeza às invasões bárbaras. O certo é que São Paulo teve papel decisivo para que se instalasse esse circo de aberrações que finge ser governo. 

Eu, que me orgulhava de ter nascido na heroica Mooca proletária onde se iniciou em 1917 a primeira greve geral brasileira, hoje morro de vergonha quando tenho de confessar meu município de nascimento. 

Mas, ainda dá para a cidade, o Estado, o Brasil, o povo brasileiro escreverem outra história. Dez meses de estupros de nossos direitos adquiridos, de fracassos grotescos, de truculência desembestada e de humilhantes disparates estão abrindo os olhos dos iludidos de outubro/2018. A onda direitista já começou a recuar, aqui e em vários outros países. 

As ruas nos chamam! Não podemos faltar a esse encontro. (por Celso Lungaretti)

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