Rodrigo Janot, o procurador-geral da República que a Operação Lava-Jato e Joesley Batista fizeram de gato e sapato, utilizando-o como inocente útil numa tramoia para derrubar o presidente Michel Temer sob os auspícios das Organizações Globo, continua com o mesmíssimo quociente de perspicácia: zero.
Está lançando o livro de memórias Nada menos que tudo. Se fosse consultado, eu teria um título bem melhor para sugerir: O Procurador da Triste Figura. Quebrou lanças contra moinhos de vento, só causou estragos e terminou sua gestão na PGR totalmente desmoralizado.
Inquirido pela colunista Mônica Bergamo, da Folha de S, Paulo, admitiu que o desafeto em questão era o ministro Gilmar Mendes.
Ou seja, deu a público um não-acontecimento (a pistola acabou sendo tão inútil para ele quanto uma geladeira para um esquimó) que, ademais, só o colocava em ridículo. E, claro, Gilmar Mendes aproveitou a bola levantada para marcar ponto:
"...estou algo surpreso. Sempre acreditei que, na relação profissional com tão notória figura, estava exposto, no máximo, a petições mal redigidas, em que a pobreza da língua concorria com a indigência da fundamentação técnica. Agora ele revela que eu corria também risco de morrer.
Se a divergência com um ministro do Supremo o expôs a tais tentações tresloucadas, imagino como conduziu ações penais de pessoas que ministros do Supremo não eram. Afinal, certamente não tem medo de assassinar reputações quem confessa a intenção de assassinar um membro da Corte Constitucional do País.
Recomendo que procure ajuda psiquiátrica..."
"Pelo menos espero que a Polícia Federal já tenha tirado o porte de arma dele. Pelo menos isso, para a gente ficar um pouco mais tranquilo. Esse é o Brasil".E pensar que um Janot desses foi capaz de provocar duas tentativas malogradas de impeachment presidencial, que mantiveram nossa economia em frangalhos e pavimentaram o caminho para a chegada ao poder do mais tosco presidente brasileiro de todos os tempos! (por Celso Lungaretti)
Com toda esta serenidade, o personagem de Michael Douglas bem que
poderia ocupar o posto de procurador geral da República no Brasil...
2 comentários:
E o mais incrível é que Janot, monumento da mediocridade jurídica, atestado por quem analisou suas peças processuais "em que a pobreza da língua concorria com a indigência da fundamentação técnica", foi reconduzido à Procuradoria Geral da Republica pela honorável "presidenta" de plantão.
Fico perplexo com tanta alienação e desconhecimento, quando leio em postagens recentes nas páginas do Facebook, muitos chamarem a primeira mulher presidente dessa triste e sofrida república de estadista.
Ricardo,
não sou de bater em cachorro morto. O que tinha a dizer sobre a Dilma, eu disse em janeiro de 2016, quando ela ainda não havia sido mandada para casa por um piparote parlamentar:
https://naufrago-da-utopia.blogspot.com/2016/01/a-mulher-sapiens-que-virou-suco-de.html
Um forte abraço!
Celso
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