Quando me estava sendo difícil alugar algum cantinho para morar com as limitações financeiras atuais, um companheiro sugeriu que pusesse à venda exemplares autografados do Náufrago da Utopia (Geração Editorial, 2005, 304 p.). Agradeci a dica, mas respondi que me restavam só dois exemplares, o que inviabilizava a proposta.
No entanto, no processo da mudança encontrei alguns mais no fundo do baú: ainda conservo uma dezena, dos que recebi da editora como último pagamento de direitos autorais.
Hoje é um livro dificilmente encontrável em livrarias e, pelo menos por enquanto, não está prevista uma 2ª edição. Mas, claro, continua sendo fácil de achar nos sebos e o site da Estante Virtual oferece 61 opções neste exato instante.
Peço aos eventuais interessados que depositem R$ 70 na seguinte conta corrente da Caixa Econômica Federal: agência 2139 — tipo 001 — c/c 00020035-2 — em nome de Celso Lungaretti (CPF 755982728-49)
E me comuniquem pelos e-mails lungaretti@gmail.com e lungaretti@uol.com.br (é melhor mandarem para ambos, assim um, pelo menos, chegará...), especificando qual será o nome para a dedicatória e o endereço para a remessa.
E do que trata o livro, afinal? Para os que não conhecem, é a história, rigorosamente real mas contada com as ferramentas da ficção (como uma novela cuja ação transcorre no presente e não como uma abordagem teórica de um passado distante), da trajetória de um grupo de oito jovens estudantes que se constituiu a partir de 1967, ergueu o movimento secundarista na zona leste paulistana ao longo de 1968, ingressou da noite para o dia na Vanguarda Popular Revolucionária após a assinatura do AI-5 e sofreu as consequências de sua opção precoce: dois assassinados, cinco presos e muito torturados, uma que passou incólume mas ficou paranoica.
E, depois, quando nossos destinos nos conduziram em direções diferentes, minha descida pessoal ao inferno, as dificuldades em que me debati até escapar de uma armadilha da História e como isto só acabaria ocorrendo no presente século, mais de três décadas depois. (Celso Lungaretti)
2 comentários:
Caro Celso,
Ainda não havia lido este post. Amanhã, se tudo der certo, mandarei o e-mail.
Com toda certeza o livro em si já vale o valor indicado.
Mas é uma oportunidade para agradecê-lo pelo excelente blogue e por lutar o bom combate.
Ainda que eventualmente eu tenha discordâncias (como é absolutamente normal) eu jamais passo muito tempo sem ler seus artigos. Inclusive, sinto falta quando há reprodução de notícias da grande mídia sem seus comentários.
Já sugeri em outra ocasião que reunisse artigos do blog por temas e lançasse num livro. Volto a fazê-lo, embora saiba o quanto seria difícil uma publicação como essa.
Mas deixo registrado.
Um forte abraço de um leitor que nunca teve o prazer conhecê-lo pessoalmente.
Cássio
Cassio,
você está certo quanto à inclusão de comentários. Mas, ultimamente tenho feito o blog lutando contra o desânimo.
Foi muita coisa ruim junta: a eleição do ignaro, a prisão do Cesare e o fim de minha terceira união mais duradoura (fazia 15 anos que eu não morava sozinho e vinha acompanhando apaixonadamente o crescimento da minha caçula, dia após dia, há 10 anos, então os últimos meses foram terríveis).
Daí estar recorrendo a tanto material alheio para preencher o blog. A inspiração anda longe de mim neste momento. Faço um esforço para garimpar algumas pepitas por aí e disponibilizá-las para os leitores, além de contar com as valiosas colaborações do Dalton, do David e do Rui.
Passada esta fase, o livro que eu devo a quem acompanha meu trabalho e a mim mesmo é uma obra nova, não uma compilação de posts antigos. Tentarei pagar essa dívida o quanto antes.
Quanto a conhecer-me pessoalmente, para quem está ou passa por São Paulo não é nada difícil. Basta marcar. Eu sou um homem de esquerda e sempre fiz questão de portar-me como tal, não cultivando tolas vaidades nem dificultando o acesso de quem quer que esteja bem intencionado. A vida é troca de energias e de experiências.
Um forte abraço!
Postar um comentário