Nicolás Maduro, o flagelo da Venezuela, qualificou o vice-presidente eleito do Brasil Hamilton Mourão de "louco da cabeça" e, acusando-o de pretender dar um golpe naquele país, lançou-lhe este desafio:
"Vou te esperar aqui com vários milhões de homens e mulheres, além de uma Força Armada Nacional disposta a defender a Constituição, a independência a qualquer custo. Te espero aqui, Mourão. Venha você mesmo. Te convido a vir você mesmo, Mourão".
O Maduro ouviu o galo cantar, mas não sabe onde: aspirante a machão sul-americano enfrenta o inimigo com a cara e a coragem, não se esconde atrás de milhões de homens e mulheres.
Não seria ótimo se esses dois resolvessem suas diferenças sozinhos, em vez de colocarem outros para brigar no lugar deles?
Mas, temo que ficará tudo nas fanfarronices juvenis, de forma que não poderemos assistir a um espetáculo que, além de ter o atrativo da bizarrice, inevitavelmente acabaria em happy end, pouco importando quem perdesse ou se perdessem ambos.
Assim como, com a retirada do convite a Maduro para a posse do Bolsonaro, seremos privados de outro possível momento inesquecível: uma troca de ideias entre Maduro e Damares Alves sobre suas experiências insólitas.
O primeiro falaria sobre os conselhos recebidos do passarinho por meio do qual Chávez lhe pia orientações.
E a segunda contaria como viu Jesus Cristo subir na goiabeira (provavelmente para escafeder-se depressa, por não suportar mais as constrangedoras revelações sobre episódios de pedofilia que ela estaria despejando nos Seus Ouvidos).
Se Maduro e Mourão duelassem, Roberto Carlos poderia até compor uma nova
História de um homem mau. Mas, qual deles seria o homem mau? Aí complica...
4 comentários:
Não tem graça nenhuma debochar de uma vítima de pedofilia, ainda mais com ares presunçosos de preconceito religioso.
Feminismo só quando convém, não? Decepção, Celso.
Quem disse que sou feminista? Desde a década de 1970 eu considero que os movimentos hoje conhecidos como "identitários" só fazem sentido como participantes de uma grande frente anticapitalista, pois negros, mulheres, gays, etc., etc., só verão suas metas realmente atingidas numa outra forma de organização social.
A luta maior tem preferência sobre todas essas menores. Quando teimam em perseguir unicamente suas "próprias" metas, acabam provocando a dispersão de forças e criando a ilusão de que haja possibilidade de verdadeira realização dos seres humanos numa sociedade injusta e desigual.
Preconceito religioso? Não o tenho. Agora, os fanáticos religiosos que veem Cristo subindo em goiabeiras têm de receber tratamento. Essas alucinações são coisa da Idade Média. O mundo evoluiu.
Também não estou debochando de uma vítima de pedofilia, mas sim de uma mulher que faz alarde despropositado de algo que deveria ser considerado deprimente. Tem de fazer análise para superar os traumas e se, houver chance de ainda punirem-se os responsáveis, acionar as autoridades.
Mas, o estardalhaço que esse assunto ensejou foi simplesmente doentio. E se essas notícias chegaram a ser as mais lidas em importantes sites jornalísticos, é porque muita gente foi é satisfazer seus instintos pedófilos reprimidos.
O Paulo Francis tinha toda razão quando chamava a sociedade atual, esculpida pelo capitalismo e pela indústria cultural, de "inferno pamonha".
Jesus na goiabeira, ponto g como artificio do "marxismo cultural" para fazer com que meninas toquem seu órgão sexual, proibição do sexo com bicicletas, investigada por tráfico de crianças indígenas... Dentre outras coisas. Acho que a pastora já faz bastante para sua propria ridicularização. (Usei a palavra traftrá fora do seu significado juridico).
Anônimo das 3h53 PM, quem debocha de vítimas de estupro é a Direita - é Danilo Gentili, é Rafinha Bastos, é o ator pornô metido a defensor da moral e bons costumes... refresque a memória. Quem é vítima de estupro tem que resolver seus traumas com assistência psicológica, e não com religião - pior ainda com fanatismo religioso. Não adianta de nada Damares ser vítima de estupro se ela quer sacanear outras vítimas de estupro, obrigando-as e/ou chantageando-as a também passarem o trauma e sofrimento de parir filho do estuprador! O que ela quer com isso? Fazer as outras vítimas também surtarem ao ponto de também verem Jesus em pés de goiaba?
Tô achando maior graça essa choradeira hipócrita do Facebook chegar nesse blogue - hipócrita porque até pouco tempo os direitistas estavam xingando as vítimas de "vitimistas" e elegeram um safado que considera estupro um merecimento. Além de, claro, apoiarem crimes como "estupro corretivo" pra lésbicas, homens trans e feministas. Evangélicos agora fingem terem dó de vítima de estupro só porque Damares virou evangélica por causa disso, porque nos outros casos citados a reação é "ah, pediu pra ser estuprada".
Postar um comentário