Divertido programa de entretenimento da TV concede um punhado de minutos de fama aos que se disponham a imaginar o Brasil que eles querem.
O trivial: querem o país sem corrupção, com mais educação, segurança, saúde. Suspiram por bons governantes.
Lindo aparecer na TV. Maquiagem, pose de artista, a bela natureza como pano de fundo. E as palavras a rolar. No caso, devaneios que o vento leva.
Qualquer revolucionário balança a barriga de tanto rir desse circo mambembe a encenar uma farsa no picadeiro. Sabem eles, revolucionários, que tais benesses jamais se conquistam com excitantes recitações na telinha.
Disponham todos, alegremente, da fantasia da fugaz fama.
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No entanto, é hora de falar sobre o que realmente o país precisa, neste exato momento, para deter a sua queda rumo ao fundo do abismo. O Brasil que todos queremos.
Não há outro caminho. Sigam-me os bons. Para o país ensaiar os primeiros passos rumo à sua salvação precisa romper em estilhaços o odioso instrumento de impunidade dos poderosos que leva o nome de foro privilegiado.
Como nos Estados Unidos. Lá, não há um cidadão sequer com esse amaldiçoado jeitinho brasileiro. Nem o mais poderoso homem do mundo, presidente daquele país. Aqui, são 45.300 os felizardos.
Implodir o foro privilegiado vai formar uma pequena bola de neve. A crescer e a crescer. Logo juízes de todo o país, são mais de 20 mil, vão salivar ao julgar cada processo de político ladrão do dinheiro público. Vai virar moda embutir para dentro das grades os assaltantes da pátria.
Nada nada, estamos falando de um país com mais de 200 milhões de almas, historicamente vampirizadas pela imensa maioria dos governantes.
Então, que tal uma revolução saneadora dos deletérios costumes políticos brasileiros?
O Congresso Nacional, corrupto até a medula, logicamente não vai se desfazer desse escudo de impunidade para suas impatrióticas contravenções. A esperança dessa insurreição recai em 11 respeitáveis velhinhos integrantes da corte maior do país.
Pergunta que não cala: haverá neste país de tamanho continental algum herói que assuma um ato revolucionário desses, de fazer o foro privilegiado virar pó?
Alguém parece já estar amaciando a carne. O ministro José Antonio Dias Toffoli propôs a ampliação da restrição dessa sacanice de roubar e viver livre. Quer que as restrições cheguem a todas as autoridades do Executivo, Legislativo e Judiciário, nas esferas federal, estadual e municipal. Aleluia!
Que restrições? Crimes cometidos por políticos em meio a mandato são julgados pelo STF. Fora disso, justiça comum. Esperançoso primeiro passo.
Incrível que essa revolucionária postura de mudança venha de Toffoli, tido como um dos que são contra o país e protetor dos bandidos que vão parar no STF.
Como nasce um herói? Menino franzino passa mal ao fumar um primeiro cigarro, chora diante das ameaças dos grandões, vive debaixo da saia da mãe. Até que um dia alguém o provoca de verdade.
Então ele vira homem. E faz tudo o que a humanidade já conhece daqueles que se tornam fortes na fraqueza.
Toffoli? Será?
(por Apollo Natali)
O Brasil que o grande Luiz Vieira quer. De arrepiar!
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