Então, faz todo sentido que o papa Francisco se comporte como o padre Merrin, tentando apagar as chamas que vêm do inferno.
Pena que não seja apenas uma novela a mais de William Peter Blatty, mas sim a vida real. O preço da insensatez tende a ser muito alto, em termos de matanças e destruições inúteis. Guerra religiosa é coisa da Idade Média e de debiloides que querem nos levar de volta às trevas medievais.
Então, só posso expressar meu respeito e admiração pelo papa Francisco, que, em pleno dia de Natal, condenou veementemente a iniciativa de Trump, afirmando que Jerusalém deve pertencer tanto a israelenses e palestinos ao invés de tornar-se a capital de Israel, como querem os fundamentalistas truculentos do lado judaico e como o presidente reality show estimula.
Eis o que disse Francisco, saindo da posição habitual dos papas (em cima do muro) para se posicionar verdadeiramente como um bom pastor:
"Rezemos para que entre as partes envolvidas prevaleça a vontade de retomar o diálogo e, finalmente, chegar a uma solução negociada, permitindo a coexistência pacífica de dois Estados.
"Que o Senhor também sustente os esforços de todos aqueles membros da comunidade internacional, movidos de boa vontade, que desejam ajudar essa terra martirizada a encontrar o entendimento, a justiça e a segurança que espera há tanto tempo".
Habemus papa. De verdade.
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