quarta-feira, 15 de novembro de 2017

SEM GRANDES CRAQUES, O MOSQUETEIRO PAULISTANO FEZ VALER O CONCEITO DE "UM POR TODOS, TODOS POR UM"

A selfie do improvável herói Romero
O Corinthians, com a grande revelação de técnico dos últimos anos (Fábio Carille), alguns bons jogadores (Cássio, Fagner, Pablo, Balbuena, Arana, Jô) e outros medianos, sem substitutos à altura na maioria das posições em função de suas dificuldades financeiras, é o virtual campeão brasileiro de 2017, ampliando sua dianteira como maior vencedor da principal competição de clubes do nosso país em seus 46 anos de existência.

[Restam-lhe quatro partidas a disputar e o Corinthians fechará a fatura do heptacampeonato com vitória em apenas uma delas, três empates ou perdas de pontos do Grêmio e do Palmeiras.]

Não sei se é pra rir ou pra chorar. Plasticamente, o futebol da temporada atual terá sido o pior dos sete títulos conquistados. Mesmo assim, contando com um elenco muito unido em torno do seu treinador, um esquema de jogo bem definido e invejável disciplina tática, o conjunto corinthiano conseguiu superar em muito a soma das individualidades. A ponto de fechar o 1º turno com incríveis 14 vitórias e 5 empates.

E, meio por acaso, o triunfo do alvinegro paulistano calou a boca dos retrógrados e toscos cartolas, o que me deixou muito contente.

Primeiramente, porque o auxiliar-técnico Carille já assumira duas vezes o comando da equipe em emergências, sendo logo trocado por qualquer profissional renomado. Às vésperas do último Natal ele recebeu a terceira chance, simplesmente porque os preferidos sondados não aceitaram o desafio. Resultado: conquistou o Campeonato Paulista e só uma catástrofe impedirá que agora repita a dose com o Brasileiro. 
O Corinthians começou a vencer o clássico decisivo neste treino da véspera

Está na hora de apostarmos em novos valores, ao invés de insistir  com os Luxemburgos e Cucas de sempre, que têm relutância ou dificuldade em seguir as evoluções estratégicas e táticas do futebol mundial, hoje mais do que nunca determinantes do sucesso ou fracasso.

O segundo episódio ocorreu quando o Corinthians fazia um mau 2º turno e um cartola que deve ser eleitor do Bolsonaro autorizou integrantes das hordas organizadas a irem ameaçar e intimidar os jogadores quando estes deveriam é estar se preparando para melhorar seu desempenho no gramado.

Resultado: o Corinthians perdeu do fraco time da Ponte Preta, seriamente ameaçado de rebaixamento. E o Palmeiras, com seu elenco milionário, aproximou-se perigosamente na tabela.

No domingo seguinte, em Itaquera, ambos se enfrentariam numa partida que praticamente decidiria o título: vencendo, o Palmeiras ficaria apenas dois pontos atrás, com a moral lá no alto. Tudo leva a crer que, nos seis jogos restantes, concretizaria a virada.

Na véspera, o treino da timão foi prestigiado por uns 35 mil torcedores, que foram levar seu incentivo e carinho aos jogadores. Coisa rara, que emocionou até os veteranos. 

Aí, o que se viu foi o Corinthians entrar em campo matando a pau: enfiou 3x1 no Palmeiras na etapa inicial e administrou a vitória no segundo tempo.

Porque gado a gente marca, tange, ferra, engorda e mata, mas com gente é diferente, obtém-se resultados bem melhores com o afago do que com a chicotada.

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