Tacanhos até nos insultos: usam os mesmos do tempo do Onça. |
Quando o colunista mais reacionário da revista mais reaça do Brasil correu a chamar a polícia, espavorido, porque internautas lhe aplicaram trotes, eu zoei muito sua pusilanimidade (vide aqui e aqui). Julguei um despropósito ele botar a polícia na cola dos patéticos tigres de papel da internet; e acho igualmente exagerada a reação da Taís.
Isto independentemente de eu ter sempre considerado o racismo uma abominação.
Não devemos dar-lhes uma importância que não têm |
No lugar da Taís Araujo, eu jamais entregaria os endereços de e-mail ou IPs dos primatas racistas à Polícia Federal. É usar bazuca contra mosquitos. Por que não repassá-los ao pessoal do Movimento Negro, que certamente saberia lhes dar respostas à altura? Por que envolver as otoridade, sabendo que daí podem resultar até penas de prisão? Estará ela consciente de que as consequências são as mais imprevisíveis, pois malandros otários se dão muito mal quando caem nas mãos dos malandros de verdade? Se morrer alguém, considerará ela um preço justo a pagar por uma baixaria infame, é verdade, mas que jamais deveria abalar uma mulher adulta e vitoriosa?
Nunca detestei imbecis, apenas os desprezo. Não mexeria uma palha para fazer com que imbecis fossem presos por terem me ofendido. Isto significaria dar aos imbecis uma importância que eles não têm.
Ademais, recorrer aos podres poderes é sempre uma roubada. Temos mais é de procurar prescindir deles e torná-los cada vez mais desnecessários, para que possam adiante ser extintos por obsolescência.
Aí, sim, começaremos a alçar-nos para um estágio superior de civilização. Por enquanto, continuamos na pré-História da humanidade, submetidos a um nefando sistema de dominação que lança continuamente uns seres humanos contra outros, insuflando a competição zoológica e as divisões artificiais como forma de alongar sua sobrevida parasitária e nociva, quando não tem mais nenhum papel histórico a cumprir.
Aí, sim, começaremos a alçar-nos para um estágio superior de civilização. Por enquanto, continuamos na pré-História da humanidade, submetidos a um nefando sistema de dominação que lança continuamente uns seres humanos contra outros, insuflando a competição zoológica e as divisões artificiais como forma de alongar sua sobrevida parasitária e nociva, quando não tem mais nenhum papel histórico a cumprir.
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