Todos nós sabemos que o ministério da Dilma é de péssima qualidade e não inspira respeito. Mas, noblesse oblige, pelo menos a dita cuja deveria simular o mínimo de consideração por seus ministros, como o tal Arthur Chioro, da Saúde, demitido pelo telefone, numa ligação que durou míseros dois minutos. Algo assim:
"Alô! Aqui é a Dilma. Estou falando com o Chioro? Como vai, tudo certo? Que ótimo! Então, não vou ficar com remorsos por estar te exonerando agora. Afinal, a saúde e a família são o que realmente importa, não é mesmo? Passar bem!"
Tomara que também lhe comuniquem o impeachment pelo telefone. Ela merece!
Ainda mais um não-cheira-nem-fede sem qualquer culpa grave no cartório, que está saindo apenas a fim de abrir vaga para as barganhas da politicalha imunda.
Quanta falta de civilidade! Que contribuição poderá dar à causa dos humilhados e ofendidos quem demonstra tanta arrogância e tamanho desprezo pelos subalternos?!
E, como fiz acima uma alusão ao nosso primeiro samba, que em 2016 completará 100 anos, vou fechar este artiguete com uma lufada de ar fresco, para espantar o fedor nauseabundo da política: um vídeo raríssimo de Chico Buarque cantando "Pelo telefone" com o autor, Donga, em 1966.
Ele mal entrado nos 22 anos e o velho pioneiro surpreendentemente jovial aos 76. De arrepiar!
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