Era uma vez um velho rei muito malvado, num país muito distante. Ele maltratava seu povo, não deixava barata nenhuma crítica ou oposição ao seu governo e reservava o cárcere, a tortura e a morte para quem ousava fazer-lhe frente. Quando comecei a ler esta historinha num livro espírita, lembrei que desde criança me pergunto por que reis e governantes sempre têm de ser cruéis e capricham nos maus tratos ao povo.
Eis que dos casebres daquele povo maltratado e faminto surge um jovem forte e impetuoso, trajes esvoaçantes, inconformado com as injustiças e desmandos do seu rei. Esse jovem combatente da dignidade humana logo foi considerado o inimigo número um daquele longínquo reinado. E passa a ser ferozmente perseguido. Até que um dia ele é preso, encarcerado, torturado longamente e morto na presença do rei. Quando o espírito do moço saiu do corpo, ele jurou que ia perseguir o rei para sempre e não sossegaria até vê-lo morto se o encontrasse numa encarnação qualquer. E o encontrou.
Quando os dois se encontraram em encarnação recente, o rei logo percebeu que a sua antiga vítima se tornara seu inimigo número um. O jovem não sossegou até ver o antigo rei tirano morto. E viu.
Dois hábeis golpistas, o camaleão gaúcho... |
O moço que lutava pelos pobres de seu país contra a crueldade do antigo rei reconheceu o antigo algoz de antanhos e agiu febrilmente para derrubá-lo do poder. De alguma maneira, por caminhos que apenas as circunstâncias explicam, conseguiu derrubar. O antigo rei e atual ditador no novo país disse textualmente no livro espírita editado recentemente que esse jovem era seu principal inimigo.
O rei malvado reencarnou no novo País chamado Brasil onde, apesar de continuar a se comportar como um tirano, conseguiu ajudar o povo com várias realizações. No seu novo corpo recebeu o nome de Getulio Dornelles Vargas. O jovem que não encontrou paz enquanto não o visse morto, e viu, foi batizado com o nome de Carlos Lacerda.
...e o corvo carioca. |
Numa mensagem psicografada de Getúlio, ele lamenta ter tirado a própria vida por puro orgulho. Diz que poderia muito bem ter se curvado à sanha dos seus inimigos e entregue o poder pacificamente. Descansaria por algum tempo em suas vastas glebas de terras gaúchas e tinha a certeza de que seria carregado festivamente nos braços do povo de volta ao poder. Justificou que a tentativa de morte contra Lacerda não foi iniciativa sua, mas de seus auxiliares, sem o seu conhecimento.
Pena que dessa trama circunstancial resultou um inocente morto, o major Vaz. Os espíritas esperam que o major e Lacerda algum dia perdoem e não queiram ver morto numa encarnação qualquer Gregório Fortunato, segurança de Getúlio que arquitetou a tentativa de morte de Lacerda.
Dia mais dia menos, isso digo eu, não está no livro espírita, eles deverão reconhecer numa encarnação qualquer por aí, principalmente o velho rei absolutista, que o melhor mesmo é todos apreciarmos conviver em paz, com saúde, prosperidade e sem maltratar o povo numa bela democracia. (Apollo Natali)
Dia mais dia menos, isso digo eu, não está no livro espírita, eles deverão reconhecer numa encarnação qualquer por aí, principalmente o velho rei absolutista, que o melhor mesmo é todos apreciarmos conviver em paz, com saúde, prosperidade e sem maltratar o povo numa bela democracia. (Apollo Natali)
3 comentários:
Este texto do Natali me fez lembrar a História do Rei Vesgo, de Monteiro Lobato, contra o Estado Novíssimo de Dutra segundo as palavras do autor.
Quero saber de qual autoria é esse texto é do Apollo ? De onde ele tirou isso ?
De suas leituras espíritas e de sua imaginação, suponho. Se vc quiser, eu passo seu e-mail para ele e assim vocês poderão conversar diretamente.
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