Seu nome de batismo era José Ely de Miranda. Sua personalidade fazia dele o gerente do time, o homem que liderava homens por força de uma autoridade inata e não imposta, mantendo-os a todos focados na busca da vitória.
Lutava como um leão e não exigia menos dos demais. Foi o ponto de equilíbrio do formidável Santos da era Pelé, campeão do mundo em 1962 e 1963; e daquele escrete canarinho, também campeão do mundo em 1958 e 1962, que fez o Brasil ficar conhecido como o país do futebol.
[Uma amostra do seu estilo. Quando o árbitro, numa partida disputada pelo Santos em seu estádio, marcava algo que indignava a torcida, ele ia até o soprador de apito e, gesticulando espalhafatosamente, parecia estar dando-lhe a maior bronca. No entanto, o que dizia (e os torcedores não escutavam) era: "O senhor está certo. Foi isso mesmo. Parabéns!". Sua artimanha fazia a pressão baixar no caldeirão da Vila Belmiro.]
Como se os deuses dos estádios quisessem recompensá-lo, ofereceram-lhe a chance --logo a ele, que tão raramente marcava gols, pois o território do qual era amo e senhor ia de uma intermediária a outra!-- de definir a finalíssima contra a Checoslováquia, no Mundial Fifa de 1962, em Santiago do Chile.
Aos 23' do 2º tempo, jogo amarrado, difícil, empatado em 1x1, Zito aproveitou um desarme no campo brasileiro para puxar rápido contra-ataque. Serviu Amarildo na ponta-esquerda e, como dificilmente fazia, foi ele próprio para a área, na esperança de concluir a jogada.
Lutava como um leão e não exigia menos dos demais. Foi o ponto de equilíbrio do formidável Santos da era Pelé, campeão do mundo em 1962 e 1963; e daquele escrete canarinho, também campeão do mundo em 1958 e 1962, que fez o Brasil ficar conhecido como o país do futebol.
[Uma amostra do seu estilo. Quando o árbitro, numa partida disputada pelo Santos em seu estádio, marcava algo que indignava a torcida, ele ia até o soprador de apito e, gesticulando espalhafatosamente, parecia estar dando-lhe a maior bronca. No entanto, o que dizia (e os torcedores não escutavam) era: "O senhor está certo. Foi isso mesmo. Parabéns!". Sua artimanha fazia a pressão baixar no caldeirão da Vila Belmiro.]
Como se os deuses dos estádios quisessem recompensá-lo, ofereceram-lhe a chance --logo a ele, que tão raramente marcava gols, pois o território do qual era amo e senhor ia de uma intermediária a outra!-- de definir a finalíssima contra a Checoslováquia, no Mundial Fifa de 1962, em Santiago do Chile.
Aos 23' do 2º tempo, jogo amarrado, difícil, empatado em 1x1, Zito aproveitou um desarme no campo brasileiro para puxar rápido contra-ataque. Serviu Amarildo na ponta-esquerda e, como dificilmente fazia, foi ele próprio para a área, na esperança de concluir a jogada.
O centro veio alto, mas ele pulou como nunca e foi buscar a bola lá na cordilheira dos Andes, empurrando-a para as redes.
E, embora tão calejado, prestes a completar 30 anos, saiu comemorando com a empolgação de um menino...
Inesquecível, de arrepiar!
E, embora tão calejado, prestes a completar 30 anos, saiu comemorando com a empolgação de um menino...
Inesquecível, de arrepiar!
Deve ter feito umas poucas dezenas de gols na carreira inteira, mas marcou um que deu uma Copa do Mundo para o Brasil.
Grande Zito (1932-2015)! Líderes como ele talvez nos façam mais falta ainda do que craques como Gylmar, Nilton Santos, Didi, Garrincha e Pelé...
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