Ricardo Melo, colunista da Folha de S. Paulo, estava muito inspirado ao escrever o artigo
desta 2ª feira, 11. Disse tudo que havia para
se dizer. Apoio, aplaudo e reproduzo:
desta 2ª feira, 11. Disse tudo que havia para
se dizer. Apoio, aplaudo e reproduzo:
A cada momento, uma nova má notícia é oferecida ao público que esperava dias melhores.
Os juros decolam. O Fies definha. Enquanto o desemprego cresce, as regras de proteção aos demitidos tornam-se mais severas.
O sonho de comprar imóvel vira pesadelo com as novas taxas da Caixa Econômica e do Banco do Brasil. Minha Casa, Minha Vida atualmente vale tanto quanto um slogan eleitoral de ocasião, e nada mais do que isso.
As demissões vêm a galope. O pé no freio das montadoras indica um efeito dominó que não se sabe onde vai parar.
A crise na Petrobras engessa uma parte significativa do PIB nacional; é como se a sede do Ministério da Fazenda tivesse se transferido de Brasília para o Paraná.
E o governo de turno assiste a tudo isso com uma mistura de empáfia e desorientação. Cancela pronunciamentos em dias-chave, vide o 1º de Maio, foge de cerimônias oficiais como prisioneiro em um bunker, evita contato com o povo.
...Nem uma palavra sobre a distribuição justa do ônus de uma crise mundial que atinge o conjunto do planeta. Como sempre, a conta é espetada no lombo dos trabalhadores.
Coincidência ou não, na mesma época somos informados dos resultados dos principais bancos do país.
O Itaú Unibanco registrou lucro líquido de R$ 5,733 bilhões no primeiro trimestre deste ano. O ganho é recorde para o período...
Um pouco antes, o Bradesco anunciou ter fechado o primeiro trimestre de 2015 com lucro líquido de R$ 4,244 bilhões, 6,3% acima do resultado do quarto trimestre de 2014 e 23,3% maior que o mesmo período do ano passado.
Os trabalhadores penam, a indústria resmunga, o comércio reclama. Já o capital financeiro comemora. Será que é tão difícil saber de onde tirar?
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