quinta-feira, 26 de março de 2015

TEMOS DE IMPEDIR QUE A TERCEIRIZAÇÃO SEJA AGRAVADA! E PASSOU DA HORA DE COMBATERMOS A FALSA TERCEIRIZAÇÃO!

Não sou contra detalhes da terceirização; sou contra a terceirização como um todo. 

Desde que inventaram, venho alertando: sobretudo, destrói a solidariedade de classe e o sindicalismo.

A terceirização que me afetou pessoalmente foi a chamada falsa terceirização; ou seja, a imposição de, cumprindo jornada de trabalho característica de um assalariado, receber minha remuneração como pretensa pessoa jurídica (para tanto, éramos obrigados a criar empresas do eu sozinho, havendo também colegas que simplesmente adquiriam notas fiscais de contadores pilantras...). Era pegar ou largar. 

Como nunca tive mecenas me bancando, escolhia uma terceira opção: pegar, mas, ao sair do emprego, buscar meus direitos na Justiça Trabalhista. Uma guerrilha particular que travei contra o capital.

falsa terceirização faz com que trabalhadores passem a encarar a si próprios como pequenos empresários, tangendo-os à competição zoológica com seus colegas de ofício. Ou seja, incute-lhes uma falsa consciência

E permite que patrões se livrem dos que adoecem (principalmente em função dos muitos estresses que lhes advêm da desumanidade capitalista) pagando-lhe apenas um mês a mais de contrato. Não aguentou o rojão? F...-se!

Agora, o Guilherme Boulos, do MST, denuncia que pretendem agravar a terceirização propriamente dita, por meio do projeto de Lei nº 4330/04, que Eduardo Cunha trabalha para ver rapidamente aprovado na Câmara.

Quero lembrar, mais uma vez, que a falsa terceirização precisa urgentemente entrar na pauta dos que lutam contra as injustiças sociais. Não seria exagero dizer que ela tornou o jornalismo, p. ex., uma terra arrasada.

De resto, como o ruim sempre pode ficar pior, faço eco às palavras do Boulos, no que tange ao PL 4330/04: 
"Na surdina, querem acabar com a CLT. O projeto de lei libera a terceirização para todas as atividades, precarizando as relações trabalhistas e atacando a organização sindical.
Atualmente, a terceirização só é permitida para atividade-meio das empresas, sendo vetada para a atividade-fim. Ou seja, uma montadora de automóveis pode terceirizar o serviço de limpeza, mas não a linha de produção.
Este limite representa uma garantia contra a precarização de salários e direitos trabalhistas. A terceirização implica a existência de empresas intermediárias de mão de obra, que impõem piores condições de trabalho, dificultam a fiscalização e a organização sindical dos trabalhadores. O PL 4330 legitima a figura do intermediário.
Hoje cerca de 25% dos trabalhadores com carteira assinada são terceirizados no Brasil. Se o projeto for aprovado este número vai explodir. E com ele a degradação dos direitos trabalhistas.
 Dados do Dieese atestam que o salário médio dos terceirizados é 27% menor que o dos trabalhadores diretos. Os terceirizados têm uma jornada semanal de 3 horas a mais que os diretos. E ficam menos da metade do tempo no emprego, em média 2,6 anos contra 5,8 anos dos demais trabalhadores.
Salário menor, jornada maior e alta rotatividade. Essas são as condições que os deputados, sob o comando de Eduardo Cunha, querem impor ao conjunto dos trabalhadores do país.
O tamanho do ataque à legislação trabalhista se mede pelo fato de que 19 dos 26 ministros do Tribunal Superior do Trabalho assinaram manifesto contrário ao PL 4330. Mas a bancada empresarial no Congresso não está nem aí e quer aprovar a nova lei a toque de caixa para, em tempos de crise, jogar mais uma vez a conta no colo do trabalhador".

3 comentários:

Anônimo disse...

o presidente da camara defende a velha politica mal intencionada do pmdb,lobos
em pele de cordeiros.VAMOS PRA RUA MAS POR NOSSA CONTA E POR NOSSOS DIREITOS!

Anônimo disse...

celso,os partidos que estao na camara para cuidarem de reformas e assustos do trabalho,nao nos atualizam de nada,enquanto isso,outros projetos ganham espaço na midia,sò oque se ouve falar da esquerda sao projetos polemicos,legalizaçao do aborto,"bolsa prostituta"por favor,vamos respeitar essa historia de tantos que deram a vida,para que houvesse mais equilibrio e igualdade,cade a verdadeira esquerda desse paìs?

Anônimo disse...

o brasileiro vive para trabalhar,se nao nos unirmos em torno de um projeto,os neo liberais e empresarios gananciosos,com o tempo conseguirao exterminar com a clt,via congresso barato e corruptivel,alem de execrarem o trabalho justo em favor de seus lucros,companheiros A LUTA CONTINUA!

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