"...um processo de impeachment requer determinadas circunstâncias políticas, sim, além das jurídicas.
'Ah, mas você não disse achar que já existem motivos?' Sim, eu acho. Mas quem também precisa achar —além da maioria dos brasileiros, que pensa o mesmo— é a Câmara dos Deputados. É por isso que, nesse caso, a rua é a serventia da democracia. Entenderam?"
Ou seja, toda essa corja está à espera de que as manifestações de protesto cresçam e apareçam o suficiente para assustarem os parlamentares. No próximo dia 12 o bloco estará de novo na rua.
Até que, de olho na própria sobrevivência política, os 300 picaretas (no cálculo do Lula) ou 300, 400 achacadores (segundo o Cid Gomes) optem por sacrificar Dilma.
Até que, de olho na própria sobrevivência política, os 300 picaretas (no cálculo do Lula) ou 300, 400 achacadores (segundo o Cid Gomes) optem por sacrificar Dilma.
E não há pressa, porque a presidenta, avaliam, continuará sangrando enquanto não for defenestrada ou não der a volta por cima.
Como a segunda hipótese depende em muito da recuperação econômica e esta dificilmente ocorrerá antes de 2017, podem continuar esperando durante algum tempo o momento certo para darem o bote.
Quanto ao governo, cavará a própria sepultura se ficar apenas torcendo para que o clamor das ruas não se torne ensurdecedor. Precisa retomar a iniciativa política, e só o logrará com medidas muito mais contundentes do que as trocas de seis por meia dúzia no Ministério.
2 comentários:
"para sairmos da insustentável situação atual:
impeachment de Dilma;
renúncia de Dilma;
Qualquer uma é preferível à agonia lenta."
grande celso, meu herói..as vezes- muitas vezes- vc me deixa meio "cafuso"...se o Rei defende o mesmo que vc e o Rei ta errado como ficamos????
(o texto entre aspas é seu de post recente)
A situação é que é muito confusa, Valmir. Mas, vamos lá.
Deixar a Dilma sangrando indefinidamente é um convite ao golpe de verdade, aquele com tanques nas ruas. É a a pior hipótese.
O impeachment, no quadro atual, seria uma vitória acachapante demais da direita. Agora estou preferindo que o nó não seja desatado por aí.
O gabinete de crise seria uma boa tentativa. Ocorre que o governo está tão aparvalhado que deixou a iniciativa escapar dos seus dedos. Há um tempão eu disse que uma das medidas, nesta hipótese, seria uma drástica redução do número de ministérios.
O PMDB pegou a ideia no ar e sugeriu. Agora, se o governo for nesta direção, o ganho político não será dele. Quanto amadorismo!
Depois, na sequência, os petistas podem pensar no governo de salvação nacional e numa renúncia dupla (Dilma e Michel Temer).
O que não podem, de jeito nenhum, é continuarem na inércia e passividade atual, como pugilista grogue nas cordas. A direita convicta e os fisiológicos do PMDB estão deitando e rolando nesse vácuo político.
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