Quando nada mais esperávamos do jornalista e escritor Carlos Heitor Cony, eis que ele nos surpreende com uma coluna contundente como a publicada pela Folha de S. Paulo neste dia 8!
Cony equipara as alegações de angelical inocência de Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva às de ninguém menos do que o marechal-de-campo Hermann Goering, um dos principais hierarcas do nazismo!!!
É hilário e merece ser lido, daí eu estar reproduzindo, abaixo, os trechos principais.
Concordo inteiramente com o Cony num ponto: o povo não acredita mesmo que Dilma e Lula ignorassem o que se passava sob seus narizes. Isto não implica necessariamente que queira a renúncia ou impedimento de Dilma. Mas, erra quem supõe que o homem comum engula candidamente qualquer conversa pra boi dormir...
"...Depois da derrota e perante o tribunal de Nuremberg, sob juramento, [Goering] declarou que nada sabia da 'solução final' para massacrar todos os judeus da Europa. Ele nunca ouvira falar sobre os campos de concentração e sobre o holocausto de 6 milhões de judeus.
Não aprovou nem colaborou com o genocídio. Era apenas um piloto que recebia ordens, e as cumpria com a perícia adquirida na guerra anterior. O tribunal condenou-o à forca por crimes contra a humanidade. Suicidou-se na prisão.
Não estou comparando o atual governo, principalmente dona Dilma, com o marechal alemão, a não ser quando ela declara que nada sabia do mensalão e do escândalo na Petrobras. No mesmo caso está o ideólogo Lula -o papa emérito do PT.
Diante do descalabro que envergonha o Brasil, país da corrupção e da impunidade, grande parcela do povo já fala em renúncia ou impedimento da presidente.
No Congresso, na mídia, e repetindo Nelson Rodrigues, nos botecos e nos velórios, a opinião média de todos é a opção da renúncia ou do impedimento da presidente.
No Congresso, na mídia, e repetindo Nelson Rodrigues, nos botecos e nos velórios, a opinião média de todos é a opção da renúncia ou do impedimento da presidente.
Evidente que ainda não há provas isentas. Pessoalmente, acredito que nada será provado contra ela. Mas sua credibilidade e sua imagem pública estão desde já comprometidas..."
6 comentários:
Prezado Celso,
A semelhança às ideologias macabras também se distribui entre os dirigentes do partido. O Sr. Washington Quaquá, presidente do Partido dos Trabalhadores no Rio de Janeiro e prefeito de Maricá, diz que vai dar porrada em seus opositores. Isso nos remete à figura do “Camicia Nera”, a milícia do fascismo Italiano. Quem diria, não?
Um abraço,
A.R.
Meu caro André,
na verdade, eu nem de longe quis insinuar que o PT esteja virando nazista.
Aproveitando a deixa do Cony, brinquei um pouco com o exagero dele. Não se pode levar tudo sempre a ferro e fogo.
O que eu considerei realmente válido na coluna do Cony foi uma obviedade que ele constatou: não é crível que Lula e Dilma nada soubessem da roubalheira da Petrobrás. É claro que sabiam!
Dificilmente haverá como provar e eu duvido que venham um dia a sofrer algum tipo de punição por isto.
Mas, como também disse o Cony, o povo não é bobo. Governante que perde a credibilidade fica muito fragilizado e exposto.
O PT não deveria repetir o erro da direita, de só encarar essas coisas do ponto de vista legal. O impacto que elas têm na opinião pública também conta, e muito!
Isto os petistas estavam carecas de saber antigamente. Desaprenderam.
Para um autêntico esquerdista você está indo muito "pescar" na imprensa burguesa, coonestando opiniões de colunistas "cerejas do bolo" das mesmas, como o Cony. Isso não é de hoje.
Nesse caminhar seus leitores podem ser surpreendidos um dia você colocando uma "verdade" dita por Reinaldo de Azevedo.
A intolerância é terrível! Você quer que eu trate o Cony como pestilento?
É um intelectual que teve comportamento inatacável durante a ditadura; cheguei a vê-lo em 1968 pregando a luta armada, numa manifestação na rua Maria Antônia.
Quando ficou na rua da amargura, a esquerda ignorou completamente suas agruras. Em vez da solidariedade dos companheiros, ele encontrou a solidariedade judaica: só o Adolpho Bloch lhe ofereceu emprego.
Tornou-se compreensivelmente desiludido, deu suas vaciladas na vida (furar a fila da Anistia e dar um jeitinho de receber uma pensão superestimadíssima foi uma delas), mas continua, basicamente, um homem de esquerda e um jornalista talentoso, que foge do ramerrão.
Não me deixo enquadrar em "linha justa" nenhuma. É stalinismo puro. Sempre que um Cony da vida escrever algo aproveitável, publicarei e comentarei.
Quanto ao Reinaldo Azevedo, a coisa é bem diferente. Não tem caráter nem tem talento. Gostaria de ser Carlos Lacerda, mas não é. A esse, só citarei como exemplo do que devemos combater.
Cony recebe uma pensão, que, no início, quando foi concedida, era em torno de R$ 17.000,00. Com os anos recebeu reajustes, não sabemos o quanto hoje.
Nem se ele fosse diretor de qualquer órgão de mídia e contribuísse para o melhor fundo de pensão do país estaria recebendo [hoje, com mais de 70 anos] nem metade do recebe agora do Estado.
Quanto a indenização, foi alta também, nada digo, pois trata-se de reparação moral. Poderia ser cinco, seis vezes maiores, para compensar materialmente o que seu talento alcançaria na carreira de jornalista.
Cony, é sim uma das "cerejas do bolo", da Folha de São Paulo.
Como eu comentei na época, o Cony recebeu uma pensão equivalente ao salário a que chegaria caso se tornasse diretor de redação do Correio da Manhã (um jornal com muitos profissionais brilhantes e mais experientes do que ele), e isto no pouco tempo transcorrido entre sua saída e a extinção do jornal.
Ou seja, no caso dele foi adotado um critério "de pai para filho".
Quanto à indenização retroativa, é a multiplicação do valor da pensão mensal pelo número de meses que ele teria recebido tal valor se não perdesse o emprego por motivos políticos. Ou seja, se a pensão foi superestimada, o retroativo também foi.
Postar um comentário