quinta-feira, 12 de março de 2015

COINCIDÊNCIA: O CASO BATTISTI VOLTA À TONA BEM NA VÉSPERA DO DOMINGO DE PROTESTOS.

Se a decisão da juíza de 1ª instância que persegue Cesare Battisti e ordenou sua detenção não for revogada nos próximos dois dias, certamente haverá cartazes erguidos e palavras-de-ordem a ele ofensivas sendo gritadas nas manifestações de protesto do próximo domingo, 15. 

Esta deverá ser a única consequência prática de mais uma iniciativa arbitrária, rancorosa, descabida e destinada a ser inevitavelmente corrigida pelas instâncias superiores.

Vou repetir o óbvio: a meritíssima está simplesmente tentando contornar uma decisão do presidente da República, confirmada pelo Supremo Tribunal Federal, mediante a utilização de um atalho legal. 

A extradição foi vetada pelas mais altas autoridades brasileiras, mas, enviando-se Battisti para a França (que aprovou sua extradição na década passada), o efeito será exatamente o mesmo que a Itália pretendeu obter daquela vez e nosso País recusou.

É uma piada de mau gosto. Com possibilidade zero de resultar, pelo menos no quadro democrático atual. Ocorrendo golpe de estado, a coisa mudará de figura, claro.

Depois de ter permanecido mais de quatro anos preso porque assim queriam Gilmar Mendes e Cezar Peluso, quanto tempo permanecerá agora encarcerado Battisti porque assim o quer a juíza que lhe é tão adversa?

O Brasil se esfarela.

Observação: depois do desfecho do episódio, atualizei e republiquei este post, aqui.

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