O desprezo pelas convicções e ações dos reacionários não me impede de admirar a verve de uns poucos deles, principalmente quando me fazem dar boas risadas.
Caso do finado corvo Carlos Lacerda, o rei das respostas demolidoras. Quando ele foi propagandear o golpe de 1964 (que os milicos intitularam mentirosamente de revolução) na França, um jornalista de lá, zombeteiro, perguntou: "Por que as revoluções sul-americanas são sempre sem sangue?".
De bate-pronto, Lacerda disse que isto se devia a elas serem idênticas às luas-de-mel francesas. A piada lhe valeu um convite para se escafeder de lá o quanto antes.
Na mesma linha foi a resposta que ele deu a uma deputada populista, em plena Assembléia Legislativa. Ela o atacou: "V. Ex.ª é um purgante!". E ele devolveu: "E V. Ex.ª é o resultado!".
Já o ex-governador Paulo Maluf tem um prazer todo especial em constranger os petistas que, depois de tanto criticarem-no nas últimas décadas, agora vão beijar-lhe a mão em troca de apoio eleitoral e consequente minutinho a mais no horário gratuito.
Na eleição de 2012, o então candidato Fernando Haddad parecia estar, durante todo o tempo, procurando um buraco no chão para se enfiar.
Já o ex-ministro Alexandre Padilha, aspirante a governador, mostrou-se agora muito mais à vontade. No quesito cara de pau, ele foi aprovado com louvor.
Talvez por isto Maluf tenha exagera, ao afirmar que a aliança entre o seu PP e o PT "será do tamanho do Corcovado" e "abençoada por Deus".
Cuidado com o castigo divino!
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