Ele brilhou em O substituto, como o cineasta que manipula também os fios da vida real... |
Eu o conhecia desde que, aos 11 anos, fui surpreendido com a novidade de um filme ser tão longo que se tornou necessário fazer um intervalo entre as duas partes.
...e como o grande T. E. Lawrence. |
Tratava-se, claro, de Lawrence da Arábia (d. David Lean, 1962). Desde então, devo tê-lo visto em pelo menos duas dezenas de papéis; isso cria alguma familiaridade.
Não era, contudo, um grande ator. Com seu jeitão meio afetado e blasé, não desaparecia dentro do personagem, ao contrário, p. ex., de Al Pacino.
O que víamos era sempre Peter O'Toole fingindo ser T. E. Lawrence, Lord Jim, o rei Henrique Plantageneta (O leão no inverno), Dom Quixote (O homem de la Mancha) ou Augusto - o primeiro imperador. Uma vez na vida sou obrigado a concordar com a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, que lhe recusou a estatueta nas oito vezes em que foi indicado por algum papel, mas lhe conferiu um Oscar honorário pelo conjunto da sua obra.
Richard Burton também era assim, só que de uma forma um pouco diferente: ele parecia ser sempre maior do que o personagem, como se o estivesse representando à falta de coisa melhor, nunca tendo encontrado um papel realmente à sua altura.
Os melhores desempenhos de Peter O'Toole, portanto, se deram quando as exigências do personagem se casaram melhor com as características imutáveis de sua atuação: foi perfeito como o intelectualizado e contraditório agente britânico que acabou liderando a revolta árabe e, mais ainda, como o diretor de cinema que brinca de ser Deus em O substituto (d. Richard Rush, 1980), de resto um filmaço que até agora não recebeu o merecido reconhecimento.
Um comentário:
ingleses e britanicos em geral(escoceses,irlandeses) são ótimos dão ótimos atores pq mentir é parte da natureza essencial de ambos..já os panacas da GLOBO são maus atores pq são burros mesmo.
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