Um adolescente de 13 anos pilotava um jet ski, embora não tivesse direito de o fazer.
Houve adulto que não impediu, embora tivesse obrigação de o fazer.
Uma criança de três anos morreu em plena praia, atingida pelo veículo aquático desgovernado; ele não desligou quando da queda do condutor, o que teria ocorrido caso estivessem sendo respeitadas as normas de segurança.
E, pasmem, o inquérito por pouco não foi concluído sem qualquer indiciamento! Quase mataram Grazielly de novo.
Agiu muito bem o delegado-geral da Polícia Civil do Estado de São Paulo, Marcos Carneiro Lima, ao utilizar sua autoridade superior para evitar um desfecho tão aberrante, mantendo o caso aberto e encaminhando-o para a Seccional de Santos.
Atuou de forma lamentável o delegado de Bertioga, ao não cumprir verdadeiramente sua missão, por incompetência, inapetência ou outro motivo.
Espera-se que o novo incumbido restabeleça a confiança do homem comum nas autoridades, afastando as suspeitas de que estaria pesando o fato de a vítima ser uma coitadeza e os ESCRACHADAMENTE CULPADOS, ricos e poderosos.
Por último, uma indagação: tal infâmia teria sido evitada se não se tratasse de um caso que repercutiu tanto e provocou tamanha indignação?
ATROPELADOR SERIAL
Fez-me lembrar o atropelamento que sofri em 1993, ao atravessar uma rua do bairro paulistano de Pinheiros.
Ocorreu numa esquina, bem diante de um bar.
Meses depois, quando finalmente consegui andar, o delegado me chamou. Queria saber se eu me lembrava de algo.
Respondi que o trauma apagara todos os acontecimentos da minha mente, desde cerca de meia hora antes até o momento em que acordei no hospital.
Respondi que o trauma apagara todos os acontecimentos da minha mente, desde cerca de meia hora antes até o momento em que acordei no hospital.
Era um homem honesto e estava indignado, porque o responsável era um atropelador serial: já matara uma pessoa com um carro aos 18 anos de idade e quase me aleijara com uma moto aos 19. "O que mais esse animal ainda vai fazer, se não o detivermos?!"
Queria indiciá-lo, mas não tinha como, por falta de testemunhas: os policiais que atenderam a ocorrência não haviam arrolado uma única sequer, EMBORA, POR VOLTA DAS 21 HORAS, COSTUMASSE HAVER MUITA GENTE NO BOTECO, BEBENDO E PAPEANDO.
Há mais coisas entre o céu e a terra do que supõe nossa vã filosofia, disse o bardo.
Um comentário:
Ora, CL
Você sabe muito bem que os donos daquele jet ski são um casal tucano da cidade de Suzano, e o pig tenta esconder essa informação o quanto pode.
O horror, o horror...
Marcílio
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