O Clovis Rossi estava inspirado ao relatar o último feito berlusconiano:
"A Itália, terceira maior economia da eurozona, quarta maior da Europa, integrante do G7, o clube das grandes potências que dirigia o mundo até recentemente, atirou-se ontem em situação que só países em desenvolvimento mais descontrolados conheceram: supervisão do FMI.
Pior: a decisão foi tomada pelas próprias autoridades italianas, de acordo com a informação de José Manuel Durão Barroso, o presidente da Comissão Europeia. Explica-se: 'O problema da Itália é a falta de credibilidade', fulminou ontem Christine Lagarde, que, como diretora-gerente do FMI, será a supervisora-chefe da Itália.
Traduzindo a frase de Lagarde: como ninguém -nem os parceiros europeus nem os demais países do G20 e menos ainda os mercados- acredita nas promessas sucessivas de reformas feitas pelo governo Silvio Berlusconi, foi preciso que o país se colocasse sob a vigilância de um organismo internacional, conhecido pelo rigor das suas receitas de ajuste".
Este é o homem que queria e não obteve a cabeça do escritor Cesare Battisti: antigo serviçal da Máfia, réu de processos por crimes financeiros e corrupção ativa, perseguidor de imigrantes, promotor e participante de orgias com menores e, agora, o premiê que está arrasando a Itália.
Arrogante como os antigos Césares, é comparável apenas aos piores deles: na esfera privada, Calígula; e na vida pública, Nero.
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