Elio Gaspari continua dando uma no cravo e outra na ferradura. Neste domingo (18), rasgou seda para uma medíocre dondoca cuja única importância se deveu ao sobrenome (o do marido presidente, não o do duende ridículo com quem depois se casou por motivo$ óbvio$...).
Gaspari avalia Jacqueline Kennedy ou Onassis como "uma grande mulher, dona de uma vontade de ferro e imbuída de um raro sentido da história, escondida atrás de uma delicada aparência de refinada futilidade". Só concordo com a futilidade.
Desperdiçaram papel nos EUA publicando "sete longas entrevistas" da dita cuja.
E Gaspari, deslumbrado e embevecido, reproduziu na sua coluna este trecho patético:
"Ele [John Kennedy] me contou de uma gravação do FBI de quando [Martin Luther] King esteve aqui para a Marcha da Liberdade. (...) Ligava para umas garotas, armando uma festa de homens e mulheres, uma orgia no hotel. (...) Eu não posso ver retratos dele sem pensar, sabe, aquele homem era horrível".
Que importam, afinal, as orgias de Luther King ou mesmo o exibicionismo de Jackie, que fortuitamente se deixou fotografar nua por paparazzi (expondo uma anatomia magrela que melhor teria sido ocultar...)?
Jackie hoje é uma nota no pé de página da História, meio anedótica, na linha de Dona Flor e seus dois maridos.
E Luther King será sempre lembrado como um gigante e um mártir na luta pelos direitos civis, autor de um discurso antológico, inesquecível, de arrepiar, cuja íntegra pode ser acessada aqui e está no vídeo abaixo, mas cujos principais trechos mesmo assim reproduzo, porque merecem ser por todos conhecidos e sempre lembrados:
"Eu tenho um sonho que um dia esta nação se levantará e viverá o verdadeiro significado de sua crença - nós celebraremos estas verdades e elas serão claras para todos, de que os homens são criados iguais.
Eu tenho um sonho de que um dia, nas colinas vermelhas da Geórgia, os filhos dos descendentes de escravos e os filhos dos desdentes dos donos de escravos poderão se sentar junto à mesa da fraternidade.
Eu tenho um sonho de que um dia, até mesmo o estado de Mississippi, um estado que transpira com o ardor da injustiça, que transpira com o ardor de opressão, será transformado num oásis de liberdade e justiça.
Eu tenho um sonho de que minhas quatro pequenas crianças vão um dia viver numa nação em que elas não serão julgadas pela cor da pele, mas pelo conteúdo de seu caráter. Eu tenho um sonho hoje!
Eu tenho um sonho de que um dia, no Alabama, com seus racistas malignos, com seu governador que tem os lábios gotejando palavras de intervenção e negação; nesse justo dia, no Alabama, meninos negros e meninas negras poderão unir as mãos com meninos brancos e meninas brancas, como irmãs e irmãos. Eu tenho um sonho hoje!"
2 comentários:
Do Elio Gaspari não se aproveita nada mesmo.Sugerir que uma pessoa futil como a Jackie Onassis ou Kennedy,que não fez nada na vida alem de se aproveitar dos sobrenomes dos maridos,com ninguem menos que Martin Luther King.O Gaspari deve ser tão futil quanto ela.
O divertido no artigo, a meu ver, é que o Gaspari acabou inadvertidamente revelando sua antiga paixão onanística, hoje pateticamente necrófila, pela "fútil" Jackie Ona$$i$! Coisa de cachorrinho mal amado!
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