Sem a mais remota possibilidade de surpresa, o Supremo Tribunal Federal decidirá logo mais que a decisão tomada em 31/12/2010 pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva colocou um ponto final no Caso Battisti.
A farsa encenada nos últimos cinco meses terá vindo, portanto, apenas confirmar que dois ministros do STF jamais mantiveram a mínima isenção ao tratar deste caso.
Aqui também não haverá nenhuma surpresa. No próprio dia em que Lula decidiu a pendenga, eu escrevi:
"O que resta, doravante, é um exercício de jus sperniandi por parte do presidente do Supremo Tribunal Federal, Cezar Peluso, que precisa de mais algumas semanas para digerir a devastadora derrota pessoal que acaba de sofrer. E é apenas isto que terá.
...demagogias, mentiras, ameaças, bravatas e buffonatas italianas à parte, permanece o fato de que a dupla reacionária do STF parece querer colocar o Supremo no papel de uma corte internacional que estivesse julgando uma pendência entre o Brasil e a Itália, e não como um Poder brasileiro obrigado a respeitar as decisões tecnicamente consistentes de outro Poder.
Francamente, acredito que ficará falando sozinha, com os demais ministros não a acompanhando nessa aventura insensata e potencialmente catastrófica para nossa democracia".
Depois de horas e mais horas daquela retórica pomposa e intragável que foi apropriadamente rotulada de juridiquês, será este, inevitavelmente, o desfecho.
Não se excluindo a possibilidade de, face à constatação de que a derrota é inevitável, o próprio relator Gilmar Mendes dela se dissociar, recomendando o acatamento da decisão presidencial.
3 comentários:
Oxalá. Assim esperamos que acontaça!
Companheiro,
nós vencemos a batalha quando da 3ª votação no STF. No momento em que ficou decidido que Lula daria a última palavra, a coisa passou a ser apenas questão de tempo.
E isto eu venho afirmando, sem medo de errar, durante esse tempo todo.
Não por ser qualquer espécie de guru, mas pelo conhecimento que tenho de como funcionam os Poderes.
P. ex., o STF derrubar uma decisão presidencial abriria precedente para quaisquer outras serem contestadas. Viraria um pandemônio.
Isto só faria sentido na véspera de um golpe de Estado, do qual o STF participasse. Evidentemente, não é o caso.
Então, a confirmação da decisão do Lula é favas contadas.
O processo de extradição é um ato de soberania do estado brasileiro. O tramite do processo é questão interna corporis da República Federativa do Brasil. Falta à República italiana legitimidade para impugnar ou exercer o controle de do ato do presidente que negou a extradição de Cesare Battisti”, afirmou Gurgel.AHHHHHHHHH
Vencemos mais uma, o sonho não acabou, estamos acordando.....Valeu dona Justiça.
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