Esses quatro e alguns outros jamais deveriam ter ido à África com o uniforme canarinho. Então, o verdadeiro culpado e a pior ameaça ao futebol brasileiro continuava sendo o cartola eterno Ricardo Teixeira, que fez ou avalizou todas as escolhas erradas.
No pastelão desta 6ª feira (23) isto ficou sobejamente comprovado, mais uma vez.
No pastelão desta 6ª feira (23) isto ficou sobejamente comprovado, mais uma vez.
Primeiramente, a CBF andou cogitando técnicos inaceitáveis em termos morais, como Vanderlei Luxemburgo.
Depois, cansou de projetar a imagem de que seu favorito era Felipe Scolari, o modelo de quem Dunga foi a versão tosca: também discrimina craques e monta suas famílias com os jogadores que lhe são mais fiéis (não os melhores), também impõe restrições ridículas ao trabalho da imprensa, também transforma a concentração em internato, também privilegia o futebol de resultados (no seu caso, defesas bem fechadas e ataques com um especialista em alçar bolas e outro em cabecear).
Quando Felipão lhe aplicou um merecido pontapé no imenso traseiro, Teixeira emitiu todos os sinais na direção de Mano Menezes, mas acabou anunciando Muricy Ramalho, que lhe é imensamente inferior.
Muricy arma defesas cerradas, que seguram a onda. Mais nada. O tricampeonato brasileiro do São Paulo (2006 a 2008) foi a apoteóse do futebol mesquinho, calculista e tedioso.
O destaque do time era o goleiro e os torcedores ficavam sempre com a impressão de ter almoçado em restaurante chinês: faltava alguma coisa e sobrava alguma fome.
Quando tinha Telê Santana no banco, sabíamos como e por que o São Paulo conquistava seus títulos.
Com Muricy, parecia estar pousando de paraquedas na entrega do troféu: ganhava sem ser brilhante e sem jamais convencer.
A comédia de erros de Teixeira, que anunciou Muricy sem saber se o Fluminense liberaria seu técnico, serviu para escancarar a ausência de critérios (a prioridade não era resgatar a essência do futebol brasileiro, que deixamos de mostrar na África?) e o amadorismo nos encaminhamentos (por que não combinar direitinho com o Flu antes?).
Por mero acaso, a moeda acabou caindo em pé. Por problemas em relação aos dois preferidos pela CBF, a incumbência sobrou para o melhor.
Mano Menezes sabe tratar os jogadores como homens (não os infantiliza), consegue ser respeitado pela autoridade moral e não por meio de chicote, monta times com os melhores que tem, busca sempre o equilíbrio entre os três compartimentos (defesa, meio de campo e ataque) e se relaciona bem com imprensa, torcedores e quem mais surja.
Isso tudo ele mostrou, principalmente, nas belíssimas conquistas do Campeonato Paulista (invicto) e da Copa do Brasil em 2009, pelo Corinthians. Houve resultado e havia espetáculo, com direito até a gols de placa.
No entanto, o que passou para os torcedores brasileiros, graças à crassa incompetência de Teixeira, foi que Mano teria sido escolhido na base do "não tem tu, nem tu, então vem tu mesmo!".
Poderia estar iniciando cheio de moral seu trabalho, coroamento de uma brilhante carreira. Em vez disso, ficou com a imagem de ter aceitado aquilo que outros desprezaram.
Quantos outros erros Teixeira cometerá até a Copa de 2014?
Depois, cansou de projetar a imagem de que seu favorito era Felipe Scolari, o modelo de quem Dunga foi a versão tosca: também discrimina craques e monta suas famílias com os jogadores que lhe são mais fiéis (não os melhores), também impõe restrições ridículas ao trabalho da imprensa, também transforma a concentração em internato, também privilegia o futebol de resultados (no seu caso, defesas bem fechadas e ataques com um especialista em alçar bolas e outro em cabecear).
Quando Felipão lhe aplicou um merecido pontapé no imenso traseiro, Teixeira emitiu todos os sinais na direção de Mano Menezes, mas acabou anunciando Muricy Ramalho, que lhe é imensamente inferior.
Muricy arma defesas cerradas, que seguram a onda. Mais nada. O tricampeonato brasileiro do São Paulo (2006 a 2008) foi a apoteóse do futebol mesquinho, calculista e tedioso.
O destaque do time era o goleiro e os torcedores ficavam sempre com a impressão de ter almoçado em restaurante chinês: faltava alguma coisa e sobrava alguma fome.
Quando tinha Telê Santana no banco, sabíamos como e por que o São Paulo conquistava seus títulos.
Com Muricy, parecia estar pousando de paraquedas na entrega do troféu: ganhava sem ser brilhante e sem jamais convencer.
A comédia de erros de Teixeira, que anunciou Muricy sem saber se o Fluminense liberaria seu técnico, serviu para escancarar a ausência de critérios (a prioridade não era resgatar a essência do futebol brasileiro, que deixamos de mostrar na África?) e o amadorismo nos encaminhamentos (por que não combinar direitinho com o Flu antes?).
Por mero acaso, a moeda acabou caindo em pé. Por problemas em relação aos dois preferidos pela CBF, a incumbência sobrou para o melhor.
Mano Menezes sabe tratar os jogadores como homens (não os infantiliza), consegue ser respeitado pela autoridade moral e não por meio de chicote, monta times com os melhores que tem, busca sempre o equilíbrio entre os três compartimentos (defesa, meio de campo e ataque) e se relaciona bem com imprensa, torcedores e quem mais surja.
Isso tudo ele mostrou, principalmente, nas belíssimas conquistas do Campeonato Paulista (invicto) e da Copa do Brasil em 2009, pelo Corinthians. Houve resultado e havia espetáculo, com direito até a gols de placa.
No entanto, o que passou para os torcedores brasileiros, graças à crassa incompetência de Teixeira, foi que Mano teria sido escolhido na base do "não tem tu, nem tu, então vem tu mesmo!".
Poderia estar iniciando cheio de moral seu trabalho, coroamento de uma brilhante carreira. Em vez disso, ficou com a imagem de ter aceitado aquilo que outros desprezaram.
Quantos outros erros Teixeira cometerá até a Copa de 2014?
Reta de chegada do Paulistão 2009: o 3º gol corinthiano é uma pintura.
8 comentários:
É Mano Menezes...
A mocinha da CBN estava tendo orgasmos de alegria hoje pela manhã. Qualquer entrevistado que entrasse no ar, seja lá para que assunto fosse, era o primeiro ponto de pauta abordado por ela!
A Grobo está urrando de felicidade!
Só uma coisinha Celso, tu chamou o Mano de MANO TEIXEIRA, sério, isso é ofensa ao Mano, acho que tu escreveu sem querer, rs.
Fiquei feliz com o alarme falso do Muricy e com a vinda do Mano pra seleção, como gremista, eu vou sempre nos jogos e treinos e acompanhava o Mano diariamente quando estava no Grêmio, uma ótima pessoa, treinando o time ou atendendo qualquer pessoa, gente finíssima, fez muito pelo meu Grêmio e com certeza fará muito pela seleção. Na época que o Mano assumi o Grêmio, eu andava meio afastada do meu time e minha reaproximação aconteceu graças a muitas melhorias que ele fez no time.
Para treinar a seleção não basta ser gaúcho, tem que ser gremista né, hehehehe.
Naty,
a distração do articulista velho foi corrigida.
Aliás, brincadeiras à parte, sempre tive essa tendência a me concentrar no sentido das frases que componho e deixar escapar errinhos tolos. Quando tinha 30 anos, era a mesma coisa.
Quanto ao Mano, é bom estarmos concordando em algo. Eu sempre me identifiquei com as pessoas cordiais e não com os carrancudos, sejam de que time forem.
Hoje, foi simplesmente tocante a iniciativa dos jogadores do Corinthians, de interromper a coletiva do Mano para festejar seu êxito. É assim que tem de ser, companheirismo e não autoritarismo.
Um abração!
Anônimo do 1º comentário,
cada um com suas devoções.
Eu sou, antes e acima de tudo, um libertário.
Você parece ser primordialmente um inimigo da Globo.
São maneiras de ver o mundo.
Bom, eu ainda confirmo tudo o que sempre disse sobre o Dunga...como sou de Porto Alegre e meu tio é vizinho há anos do Dunga, eu já tive a oportunidade de conhecer um Dunga que a maioria conhece e que ele mesmo não se preocupa que os outros conheçam.
Mas o Mano é gente fina mesmo, uma vez no Olímpico, após o treino, ele foi atender os torcedores e chegou um cara e começou a xinga-lo, ele ouviu o cara e não mudou o tom em nenhum momento, melhor, deixou o cara falando sozinho que acabou desistindo e indo embora.
Sobre errinhos bobos, eu também tenho esse problema, fico estressada até quando escrevo errado no Twitter ou no Orkut.
Uma única (redundâncias à parte) coisa que pediria ao Mano: Não se abaixar para o Teixeira ou outras "interferências" mercadológicas. Só discordo um pouco em relação ao Muricy, como sendo um treinador retranqueiro (mas isso é uma questão de visão de futebol, não uma verdade absoluta), mas como seu gênio é de lascar, a escolha foi boa para todos, espero que seja melhor para nós torcedores.
Vou deixar aqui um registro de entrevista posterior a este artigo.
Quando disse que Dunga é a versão tosca do Felipão, foi levando em conta que Scolari, pelo menos, evita extremismos como isolar os atletas durante 40 dias de suas esposas e namoradas. Eis o que ele acaba de declarar:
“Na Copa de 2002, antes de sairmos do Brasil, passamos toda a programação para os jogadores. Quais eram os dias dos jogos, quando teriam folgas. Eles passavam para as famílias, para quem bem entendessem".
Ou seja, o que eles faziam nessas folgas era problema deles, desde que não afetasse seu desempenho esportivo.
Mesmo porque, conforme ressaltou Felipão, "jogador, quando fica totalmente fechado, dá jeito de burlar”.
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