Um ex-sargento sexagenário, que participou da guerra de extermínio movida pela ditadura militar contra os guerrilheiros do Araguaia e há 36 anos guardava uma seqüência fotográfica completa de dois cadáveres de combatentes do PC do B, resolveu entregá-la à Folha de S. Paulo.
Assim, ficou definitivamente comprovado que os militares deram sumiço no corpo do médico João Carlos Haas Sobrinho, um dos líderes da guerrilha.
Diz a matéria: “Procurados pela Folha, o Ministério da Defesa e o Exército informaram que não se pronunciariam sobre as fotos”.
Ou seja, o Ministério da Defesa e o Exército nada têm a dizer sobre restos mortais que estiveram sob a guarda do Estado brasileiro e não foram entregues às famílias. Nenhuma satisfação a dar. Nem justificativa, nem pedido de desculpas. Nada. Até quando?!
Vem-me à lembrança Castro Alves: “Existe um povo que a bandeira empresta/ Pra cobrir tanta infâmia e cobardia!”...
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