"O comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, reuniu-se nesta 2ª feira (18) com o presidenciável tucano Geraldo Alckmin. Foi o terceiro candidato ao Planalto a ser recepcionado pelo general, que já havia conversado com Jair Bolsonaro e Marina Silva.
Nos encontros, Villas Bôas repassa as apreensões dos militares em relação a três temas: a política de defesa, a crise na segurança pública e a penúria orçamentária das Forças Armadas...
...Os convites de Villas Bôas pareciam seguir a ordem das pesquisas. O Exército excluiu o preso Lula, cuja candidatura não existe fora dos planos do PT. Depois de Bolsonaro e Marina, ocupantes das duas primeiras colocações no ranking do Datafolha, imaginou-se que o general receberia Ciro Gomes, que está numericamente à frente de Alckmin na pesquisa.
A inversão da ordem deve ter ocorrido por algum contratempo de agenda. O general decerto não deixará de recepcionar no Forte Apache o candidato do PDT. [E realmente não deixou: horas depois, foi a vez de Ciro Gomes ir bater-lhe continência...]"
É oportuno reforçar o alerta do Vladimir Safatle (vide aqui), de que está se dando uma transferência do poder político real para as Forças Armadas, o que seria uma saída muito menos onerosa que um golpe militar clássico.
Vou repetir, pois parece que ninguém se tocou da gravidade da sua advertência:
Vou repetir, pois parece que ninguém se tocou da gravidade da sua advertência:
"...seria importante lembrar que, numa democracia, quem tem as mãos no fuzil cala a boca. Nenhum oficial fala em democracia porque falar, quando você tem o monopólio das armas, equivale a quebrar o espaço de fala livre.
Pois é claro que o monopólio das armas não é um atributo político, mas é o que quebra simplesmente a existência do político. Daí vem a sabedoria da democracia: tirar a palavra de quem tem as armas......seria importante lembrar que, numa democracia, que tem as mãos no fuzil cala a boca.
...Agora, criaremos uma democracia de farsa assumida na qual o verdadeiro poder não estará nem no Poder Executivo, nem no Legislativo, nem no Judiciário...
...o destino do poder em nossa sociedade está a ser decidido em outra esfera, de uma forma que nada tem a ver sequer com noções elementares de democracia formal".
Há muito decidi não coonestar com meu voto eleição nenhuma da democracia burguesa (embora considere Bolsonaro de tal forma inaceitável que abrirei uma exceção para votar contra ele no 2º turno do próximo pleito, se necessário).
Mas, se estivesse escolhendo candidato, veria com péssimos olhos aqueles que vão lamber coturno no tal Forte Apache...
Por último: Villas Bôas postou no twitter as fotos dos três estranhos no ninho, mas não a do Bolsonaro. Será porque ele, naquele local, já está na categoria de móveis e utensílios?
Pois é claro que o monopólio das armas não é um atributo político, mas é o que quebra simplesmente a existência do político. Daí vem a sabedoria da democracia: tirar a palavra de quem tem as armas......seria importante lembrar que, numa democracia, que tem as mãos no fuzil cala a boca.
...Agora, criaremos uma democracia de farsa assumida na qual o verdadeiro poder não estará nem no Poder Executivo, nem no Legislativo, nem no Judiciário...
...o destino do poder em nossa sociedade está a ser decidido em outra esfera, de uma forma que nada tem a ver sequer com noções elementares de democracia formal".
Mas, se estivesse escolhendo candidato, veria com péssimos olhos aqueles que vão lamber coturno no tal Forte Apache...
Por último: Villas Bôas postou no twitter as fotos dos três estranhos no ninho, mas não a do Bolsonaro. Será porque ele, naquele local, já está na categoria de móveis e utensílios?
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