Para atrair tico-ticos o fubá do Palácio do Planalto serve... |
Segundo mandato presidencial no Brasil costuma ser fim de feira, mas Dilma Rousseff não precisava exagerar. Os nomes que vão sendo definidos para o seu novo Ministério parece que conseguirão o impossível: fazer-nos sentir saudades do anterior...
Para pilotar a economia em transe, dois subalternos de governos anteriores, os esforçados Joaquim Levy (Fazenda) e Nelson Barbosa (Planejamento). Igualzinho a time de futebol sem banco de reservas à altura: quando o titular é convocado para a Seleção, o técnico bota um garoto da base e fica rezando para dar certo. Deus dificilmente atende.
Milagreiro dos milicos pode ser ministro de fato. De direito, não. |
Fico surpreso por ela não ter recorrido ao Delfim Netto, eminência parda da política econômica nos dois primeiros governos do PT. Pelo menos, já está acostumado a jogar no time principal.
Talvez seja apenas para não associar-se de forma tão explícita à nefanda ditadura militar. Por baixo do pano pode, conforme reza o evangelho segundo Lula: bastaria botar um Antonio Palocci qualquer fingindo dar as ordens, enquanto estivesse seguindo aplicadamente as diretrizes traçadas por quem é do ramo.
Mas, se o motivo for a péssima reputação do gordo signatário do AI-5, o que dizer da escolha da grande dama do agronegócio selvagem, Kátia Abreu, para o Ministério da Agricultura? Aí eu não entendo mais nada...
Por que não mudar o nome para Ministério do Agronegócio? |
Finalmente, como Dilma é bem diferente de Marina Silva e Aécio Neves (a quem ela atribuía vassalagem ao grande capital), o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio será Armando Monteiro, a menina dos olhos da Confederação Nacional da Indústria.
E o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, só não ficou com a Pasta da Fazenda porque não quis. Entre o poderoso chefão Lázaro Brandão e a presidenta da República, ele preferiu obedecer ao primeiro. Entre o poder econômico e o poder político, ele sabe muito bem quem realmente manda no Brasil
Mais fim de feira, impossível.
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