Nas Olimpíadas e nos Jogos Panamericanos, o nunca superado complexo de vira-latas
leva os brasileiros a torcerem e a comemorarem a conquista de medalhas
mesmo nos esportes pelos quais jamais demonstraram o mais remoto
interesse.
Por ter sempre considerado esta reação simplesmente patética, concordo em gênero, número e grau com o puxão de orelhas que o comentarista esportivo Juca Kfouri, deu na nossa presidente, no artigo O equívoco de Dilma, cujos principais trechos reproduzo:
Por ter sempre considerado esta reação simplesmente patética, concordo em gênero, número e grau com o puxão de orelhas que o comentarista esportivo Juca Kfouri, deu na nossa presidente, no artigo O equívoco de Dilma, cujos principais trechos reproduzo:
"A presidenta Dilma Rousseff repetiu em Londres um erro comum de quem olha superficialmente para a atividade esportiva.
Em vez de olhar para o esporte como fator de saúde, a mais alta autoridade do país mirou-o apenas como fator de sucesso competitivo, jeito pobre de o conceber.
A preocupação de seu governo deve ser com a democratização do acesso à prática esportiva pela maioria dos brasileiros, e não, neste momento, com subidas ao pódio, por mais que as vitórias tenham o condão de estimular a atividade.
A Copa de 58 foi encarada como uma afirmação nacional |
Pensar assim, como a rainha da Inglaterra pode pensar há décadas, é botar a carruagem à frente dos corcéis. E tão ruim quanto é a recorrente conversa de estimular a adoção de esportes individuais como meio de acumular mais ouros, pratas e bronzes, num atentado à cultura esportiva nacional, muito mais próxima dos esportes coletivos.
Ora, o que temos a ver com badminton, esgrima, halterofilismo, tiro com arco etc., com todo respeito aos esportes citados e aos seus aficionados? Alguém imagina o ginásio do Maracanãzinho num coro de 'força!, força!' para um brutamontes patrício levantar 500 quilos entre o arranque e o arremesso?
A antiga União Soviética fazia assim, como faz hoje a China e, francamente, eis aí métodos que não precisamos imitar. Muito melhor será ter política para massificar o esporte e da quantidade tirar qualidade, quase naturalmente.
O PT mesmo tem quadros especializados que poderiam ampliar e oxigenar a visão da presidenta".
Um comentário:
Discordo disto. O Brasil tem que pensar o que são realmente os jogos olímpicos, o que ele vai fazer lá. Quantas medalhas (sim, é isto que realmente importa) ele vai trazer, então é imprecindível que apoiamos estes esportes que disputam várias medalhas.
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