Mas, nos dois primeiro dias já ficou clara a intenção de sua defesa, pois as testemunhas que ela apresentou serviram todas para respaldar a narrativa de que Daniel Alves estaria embriagado quando cometeu o ato.
Isto nos permite concluir que a experiente advogada Inés Guardiola já desistiu de obter a absolvição e tenta apenas reduzir o período que ele passará atrás das grades.
Assim, o artigo 21.2 do Código Penal espanhol considera como atenuante o fato de o crime ter sido cometido por um réu com "grave vício em bebidas alcoólicas, drogas ou outras substâncias que produzam efeitos análogos".
Como a pena para agressão sexual na Espanha oscila entre 4 e 12 anos de prisão, Daniel Alves já não poderia ser condenado a mais de 6 anos de detenção.
E, sendo Daniel Alves um réu primário, no caso de ele manter bom comportamento na prisão, poderá passar para o regime semiaberto ao completar um terço da pena.
Façam as contas: sendo 2 anos de prisão o mínimo que ele pegaria, talvez seu período de cana braba se reduzisse a apenas 8 meses!
Daí o Daniel Alves ter ensaiado bem o que vai declarar aos juízes, conforme se constata abaixo:
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