quarta-feira, 16 de agosto de 2023

NEYMAR É MAIS UM JOGADOR A SERVIR A DITADURA SAUDITA EM SEU ESFORÇO DE LIMPEZA DE IMAGEM


 Neymar é o mais novo garoto propaganda da ditadura saudita após ter assinado contrato com a equipe do Al-Hilal, time estatal do regime sanguinário de  Mohammad bin Salman, governante conhecido por esquartejar jornalistas e impor a pena de morte por crucificação. Pelo contrato, o ex-jogador do Santos ganhará a bagatela de 1 bilhão de reais por ano ou 100 mil reais por hora, salário corriqueiro de todo trabalhador naquele país em que a maioria da população é analfabeta e mal possuí comida em casa. 

Irá se juntar a Cristiano Ronaldo e a outros jogadores no esforço recente da ditadura de Bin Salman em limpar a imagem de seu regime no exterior, movimento já feito há anos pelas ditaduras do Bahrein, do Catar e dos Emirados Árabes. Inclusive, a Arábia Saudita deverá ser sede de torneios esportivos em breve, também como parte do esforço de lavagem. 

Além de Neymar e Ronaldo, a ditadura saudita conta com os serviços de Messi que por pouco também não se junto à dupla, tendo preferido curtir os dólares estadunidenses enquanto seguia apenas na função de embaixador do país junto à Fifa e a outras organizações esportivas e políticas, ganhando vultuoso salário pelo serviço. 

Um dos esforços de Messi é levar a Copa do Mundo de 2030 para o país, o que provocou a ira de não poucos argentinos, pois a candidatura saudita concorre com a candidatura conjunta de Argentina, Uruguay, Paraguay e Chile. Mas o amor à pátria é uma comoditie rara nos dias que correm e por isso o campeão mundial deu de ombros diante das críticas e seguiu com seu lobby

Após ter realizado a Copa na ditadura do Catar, a Fifa não deve achar problema em levar outra edição do torneio para um país ainda mais reacionário e brutal. Direitos humanos e democracia é um problema que só deve ser considerado quando envolver a Rússia de Putin, pois aos aliados dos EUA está tudo permitido. 

Seja como for, as recentes movimentações provam que o futebol não apenas se descaracterizou devido à radical mercadorização, mas, em associação a isso, também se tornou forma de limpeza de imagem dos regimes mais nefastos e brutais do planeta. Nisso, Neymar deu mais um passo para matar o esporte, provando de novo sua pequenez moral. (por David Emanuel Coelho)

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