dalton rosado
OS ERROS MAIS COMUNS DOS JOGADORES DE FUTEBOL
O atacante está na lateral do campo, de costas para o gol adversário, com a bola sob seus pés, mas marcado de perto pelo defensor; muitas vezes à espera de que seus companheiros de ataque cheguem na área.
O atacante está com dificuldades de contornar a situação, pedindo a Deus que o defensor jogue a bola para a lateral para ele ganhar o arremesso. Aí acontece o melhor para ele. O defensor, dando uma de valente, comete a falta e o atacante agora tem uma falta a seu favor, com distância regulamentar para a cobrança e com grande chance de gol.
2. TENTATIVA EQUIVOCADA DE PROVOCAR IMPEDIMENTO
O zagueiro fica à frente do atacante, que está em posição de impedimento. O objetivo é evitar que alguém lance a bola às suas costas e que o impedimento anule a jogada. Entretanto, a distância fica demasiado longa e não permite recuperação caso a bola seja lançada para o atacante e ele passe a estar em situação legal de jogo por conta de outro defensor.
Ocorre que outro zagueiro, o qual está marcado outro atacante na cola deste, passa a condições de jogo do outro lado para o atacante que estava em impedimento, mas que agora passou a estar em condições legais.
Moral da história: o zagueiro não pode se distanciar do atacante impedido momentaneamente, pois pode não ter recuperação caso este venha a adquirir posição legal em face de outro defensor que lhe dá condições de jogo.
Outra dica: observe sempre, na cobrança de lateral, se não há um atacante avançado, pois em cobrança de lateral não há impedimento.
3. PASSE PERIGOSO PARA DEFENSOR ACOSSADO
O atacante normalmente é veloz e tem cheiro de gol, tal qual um predador diante da sua presa. Assim, quando não há espaço suficiente, é melhor jogar feio dando chutão, do que querer jogar bonito dando passe temerário (principalmente quando o passe é para atrás do defensor ou na direção do gol para o goleiro) e depois ficar chorando pela besteira que fez.
Quando o atacante chuta desequilibrado ou com a bola distante do seu corpo, sem posição de alavanca para o chute sair forte e direcionado, é melhor tentar nova posição de chute. De nada vale tentar justificar dizendo que é preciso chutar para o gol sempre. Muitas vezes é melhor um passe para alguém melhor posicionado do que tentar um chute sabidamente ineficiente, coisa que ocorre com muito atacante.
Todo bom atacante sabe a posição certa do corpo para um bom chute à distância. É claro que o conceito aqui expresso não vale para situações de pequena distância e de bola dividida na pequena área, quando pode deslocar o goleiro ou defensor com um leve toque e de qualquer jeito.
Há também as situações de bolas rebatidas pela defesa e de grande velocidade em sentido contrário ao atacante que tem espaço para o domínio que vai lhe proporcionar efetuar um chute bem posicionado, mas prefere chutar afobado e com pouquíssima chance de sucesso.
Quando não há espaço para o domínio da bola na pequena ou grande área faz algum sentido tentar o chute aventureiro, mas raramente ele dá certo.
6. MARCAR A BOLA
Este é um erro muito comum dos zagueiros. Na ânsia de interceptar a bola que vem do cruzamento na área, ou principalmente, quando o atacante chega à linha de fundo já dentro da área, o zagueiro muitas vezes quer proteger o gol (embora não haja ângulo para chute a gol) e fica mal posicionado, sem marcar ninguém, esquecendo que o perigo maior está na possibilidade do cruzamento encontrar um atacante desmarcado.
Na verdade, se já existe um zagueiro dando combate ao atacante, a melhor coisa a ser feita é olhar para o atacante que está em posição de arremate ao gol e marcá-lo, pois, se a bola tiver outro endereço, o risco é quase nulo.
Agressão acintosa de Felipe Melo causou sua expulsão e Brasil caiu fora do Mundial/2010 |
7. CARTÃO AMARELO BOBO
O juiz marca uma falta que realmente existiu, mas, na tentativa de intimidar o árbitro, o jogado faltoso reclama acintosamente e leva cartão amarelo.
Adiante, outro atleta faz uma falta agressiva numa jogada de meio de campo, sem nenhum perigo, e recebe cartão amarelo.
O juiz já marcou a falta, mas o jogador que a sofreu reclama acintosamente, exigindo do árbitro mais rigor e leva cartão amarelo. E por aí vai.
Além disso, o jogador amarelado é forte candidato a ser substituído pelo técnico, bem como fica pendurado na partida (além de acumular cartões que o podem alijar de uma futura partida importante).
Resumo da ópera: manter o equilíbrio emocional em qualquer circunstância é ponto positivo para o jogador (que está em permanente avaliação pelos juízes, técnicos, dirigentes, torcida, etc.) e seu time.
8. CARTÃO VERMELHO BOBO
São muitas as circunstâncias em que o jogador é expulso desnecessariamente, prejudicando a si e ao seu time.
A primeira delas é bancar o valentão, tentando intimidar o jogador adversário, o que acaba por provocar um tumulto que quase sempre causa sua expulsão (e sozinho, o que é pior!).
Outra situação muito comum é o carrinho violento que coloca sob risco a integridade física do oponente, e que deve ser evitado em quase todas as situações (quem joga deitado não se mantém de pé), mas, principalmente, nas jogadas que não oferecem perigo iminente.
"Agora existe o VAR", alerta o Dalton, mas o vilão de 2010 continuou colecionando cartões amarelos e vermelhos |
Não adianta apontar que atingiu a bola na jogada, pois a entrada faltosa e violenta prescinde da intenção e ação de atacar a bola. A força excessiva contra o corpo do adversário é caso de expulsão, principalmente porque agora existe o VAR, que analisa o lance em câmera lenta e torna ainda mais perceptível a violência praticada.
Agressão com o cotovelo, com tapa ou empurrão acintoso que provocam expulsão é demonstração de falta de equilíbrio, mas, sobretudo, de burrice.
9. COBRANÇA BURRA DE ESCANTEIO
O escanteio oferece a possibilidade de um cruzamento da linha de fundo (portanto, sem impedimento neste momento) com distância regulamentar dos adversários, e que pode alcançar o atacante de frente para o gol e o zagueiro de costas para o dito cujo. Estão certos os que dizem que o escanteio é mãe do gol, pois é alta a média de gols resultantes dos ditos cujos.
Entretanto, muitas vezes os jogadores preferem dar um passe ao companheiro ao lado para que este efetue em seguida aquilo que já poderia ter sido feito comodamente (o cruzamento para a área). Ora, a partir da cobrança para o lado, o marcador pode se aproximar com velocidade e impedir o cruzamento.
É claro que, quando não houver marcação próxima, é válido o passe para o companheiro ao lado, pois este aproximar-se da área e mexer com a marcação, mas somente nestas circunstâncias.
O braço afastado do corpo agora caracteriza pênalti mesmo não havendo tempo para o jogador recolhê-lo |
Um bom batedor de escanteio, com cobrança direta, e com a presença de jogadores altos (geralmente zagueiros) provoca uma iminente situação de gol, e as estatísticas comprovam isto.
10. PÊNALTI COM MÃO NA BOLA
Pelas regras atuais, qualquer situação de corte da trajetória da bola e que amplie o espaço de defesa, é pênalti. Assim, todo defensor deve manter os braços colados ao corpo quando a bola estiver sendo chutada pelo adversário.
Mas não deve colocar as mãos para trás, pois isto prejudica o equilíbrio e facilita para o atacante driblar ou chutar em melhores condições. O ideal é manter os braços colados ao corpo lateralmente, pois isto não prejudica os movimentos e equilíbrio.
Quando estiver disputando bola no alto com o atacante, evitar levantar os braços, pois qualquer cabeceio pode encontrar um braço e nesta condição é pênalti.
O carrinho na área é sempre temerário, mas quando ocorrer por absoluta necessidade de interceptação da bola chutada para o gol ou para o cruzamento rasteiro para o atacante que vem de frente, jamais deixar os braços levantados, mas sim colados no apoio no chão, pois nesta circunstância não é pênalti. (pelo professô Dalton Rosado)
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