SERGIO REIS ADMITE TER FALADO "UMA BOBAGEM, COMO VELHO GAGÁ"; E OUÇA A SÁTIRA DO DALTON ROSADO SOBRE O CASO

Paulistano do bairro de Santana, Sérgio Reis, hoje com 81 anos, foi uma atração secundária da Jovem Guarda, tendo como único real sucesso a canção Coração de Papel, de sua autoria, em 1967.

Tal filão musical urbano foi muito marcante enquanto durou, basicamente entre 1965 e 1968 (ano em cujo final Roberto Carlos resolveu abandonar o programa e a TV Record o extinguiu). 

Seguiram-se anos de vacas magras, mas ele conseguiu renascer em 1972 pegando carona na breguice sertaneja, tão autêntico quanto uma nota de 3 reais. 

E andou também participando de novelas como Pantanal e O rei do gado, bem como de filmes como O Menino da porteira e Mágoa de boiadeiro, sempre se fazendo passar pelo homem do campo que nunca foi.

Praticamente esquecido, tendo lançado seu último disco em 2015 e não se destacado durante seu mandato deputado federal entre 2015 e 2019,  agora quis pegar carona noutra onda, a do golpismo bolsonarista. 

Deu-se muito mal. Voltou, sim, a ser notícia, mas quase tudo que os outros têm dito sobre ele são... cobras e lagartos!

O nosso bom Dalton Rosado até compôs uma sátira sobre a incontinência verbal do Sérgio Reis, Coração de papel feio, mas nem precisava: correu a retratar-se numa entrevista deste domingo (22) a Roberto Cabrini na TV Record.,

A imagem que deixou foi não a de um líder de caminhoneiros revoltados que promovem badernaços para derrubar ministros do Supremo, mas de um pobre coitado que, quando abre a porteira de sua boca, só saem besteiras. 

Eis algumas afirmações do seu mea culpa televisivo:

"Falei bobagem, achando que não ia ter essa repercussão, que não ia vazar isso daí. Conhece o amigo da onça? Tem isso. Hoje em dia ninguém mais está sigiloso. Você fala qualquer coisa, já sai na internet, vaza, vai pra grupos e tudo mais.

Me chamaram de velho gagá e tudo o que você pensa. Já falaram de tudo pra mim. Tão certos, não tão errados. O que eu falei tá errado. Eles estão certos. Posso até não ser gagá, mas falei uma bobagem como velho gagá. Então eu sou"

.Além de pedir publicamente desculpas pela lambança, ele se propôs a, caso fosse chamado para depor na Polícia, ir buscar o perdão dos ministros por ele ofendidos, Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso.

É esse tipo de gente que colabora com o genocida no Projeto Autogolpe. 

Então encerro com uma citação de músico bem melhor como artista e como homem, o Raulzito: Pluct, Plact, Zummm / Não vai a lugar nenhum. (por Celso Lungaretti)