terça-feira, 21 de julho de 2020

TRISTE BRASIL, OH TÃO DESSEMELHANTE! A TI TOCOU-TE A MÁQUINA MERCANTE...

O comércio eletrônico deveria ser assim...
Comprar pela internet era uma escolha bem melhor em termo de preço, mas as empresas começam a avacalhar tal opção.

Em maio último precisava trocar com urgência meu celular, pois estou morando sozinho numa hospedaria, sem acesso fácil a telefones fixos. Encontrei uma oferta muito vantajosa da Americanas, mas acabei percebendo que, fosse qual fosse o CEP que eu indicasse como sendo o do meu endereço, a resposta era sempre a mesma: tal oferta não estava disponível para minha região.

Percebi que o celular a preço de banana era só uma isca. Queixei-me ao Conar dessa publicidade enganosa plantada numa infinidade de portais e não sei se deram seguimento à denúncia.

Bem, teoricamente o celular não seria item de primeira necessidade, embora no meu caso fosse, sendo idoso e dele precisando para qualquer emergência que surgisse.
...mas, somos é tratados assim...

Pior ainda acaba de ser este episódio com a Drogaria São Paulo:
— encomendei medicamento de uso contínuo no último dia 10;
— o pagamento foi confirmado no dia 11;
— a previsão de entrega era para o dia 14;
— no dia 16, sem produto nem nenhuma satisfação, liguei reclamando;
— fui informado de que o produto estava em falta e eu receberia o estorno adiante;
— respondi que, depois de seis dias de espera, não me interessava o estorno mas sim o cumprimento do acordado;
— minha queixa foi anotada e a empresa ficou de dar resposta;
— não deu até hoje, 21, portanto continuo sem o encomendado e já pago, e também sem o estorno.

Como precisava do produto para prevenir trombose (sofri quatro fraturas na perna ao ser atropelado em 1993 e as veias danificadas tendem a inchar, daí estar tendo há muito tempo de utilizar, dia após dia, o medicamente em questão), acabei comprando de outro fornecedor antes de ficar a zero. 

Mas, é assim que as empresas devem tratar idosos que necessitam de medicamentos de uso contínuo na pandemia? Todos têm grana para comprar outro quando o acordado não é cumprido? Podem sair caminhando (como eu fiz) e retirar a encomenda na loja física, para agilizar o recebimento, quando não dá para esperarem mais?
...e, cada vez mais, nos sentimos assim.
Por último: a Drogaria São Paulo vai me pedir desculpa pelos erros grosseiros que cometeu e tomar providências para que eles não se repitam em casos semelhantes, ou continuará encarando idosos como clientes iguais a todos os demais, sem um mínimo de respeito pelas necessidades específicas de nossa faixa etária, nem que morramos por falta do remédio que deveríamos ter recebido na data prevista? (por Celso Lungaretti) 

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